Não
é algo simples (nem, talvez, possível), para quem padece do mal da ansiedade,
simplesmente deixar de senti-la. Há, entretanto, estados mentais a que damos no
dia-a-dia o nome de ‘ansiedade’ e que não configuram patologias, por assim
dizer, graves: preocupações que nos tiram o sono, ideias que nos aprisionam no
futuro e que nos impedem de viver o agora. Em qualquer caso, contudo, costuma
ser de grande utilidade buscar compreender a fundo o que se passa conosco.
A
ansiedade já está entre os maiores males do século e, ao lado da depressão
(muitas vezes concomitantemente a ela) tem comprometido o bem estar e a saúde
mental de milhões de pessoas ao redor do mundo, pessoas que, em muitos casos,
vendo-se incapazes, impotentes para lidar com os desafios da vida quotidiana em
razão do estado mental em que se encontram, acabam pondo fim às próprias vidas.
Em
resposta ao aumento do número de pessoas diagnosticadas com ansiedade, a
psiquiatria tem sido demandada como nunca antes na história e psicofármacos,
que aliviam sintomas, mas passam longe de combaterem as causas mais profundas
da doença, têm sido, também, receitados como nunca antes na história.
Alternativamente,
pessoas tem procurado (e frequentemente encontrado) em práticas meditativas uma
saída para o mal da ansiedade. A eficácia de práticas como a meditação reside,
precisamente, no fato de nos tornar mais capazes de refletir com tranquilidade
sobre nós mesmos, nos tornando aptos a escantear ideias que comprometem a boa
compreensão e resolução dos problemas que atravessamos.
Se
a ‘ansiedade’, em qualquer dos seus graus, se caracteriza sempre, em alguma
medida, por não tirar “o problema de amanhã” e sim, apenas, por tirar “sua
paz de hoje”, a busca pela compreensão do problema já é, precisamente, não
um passo na direção da cura, mas parte da cura: ela representa um primeiro
momento da ‘pacificação’ mental que caracteriza a cura almejada.
Com informações do site Revista Pazes
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