Em quem você vai votar?



O voto nunca deveria ser carimbado de ódio, raiva ou irresponsabilidade em relação ao bem comum.
Já escolheu em quem vai votar? No próximo dia 7 de outubro, os brasileiros serão chamados às urnas para escolher um novo presidente da República, o governador e dois senadores do próprio Estado, um deputado federal e um deputado estadual. São cinco decisões determinantes para os rumos da vida política do Brasil nos próximos anos.
Embora a campanha para presidente e governador esteja em maior evidência e mereça especial discernimento, a escolha dos parlamentares não deveria receber atenção menor. De fato, eles integrarão o Poder Legislativo, com a missão de aprovar ou rejeitar os projetos do Poder Executivo e de controlar suas ações de governo. Bons deputados e senadores são tão necessários quanto bons presidentes e governadores. Para governar, o presidente precisa de uma boa base parlamentar, formada por políticos sérios, corretos e verdadeiramente interessados no bem do povo e do país.

Já está na hora de fazer a listinha, a ser levada na mão no dia da votação. Ainda dá tempo para se informar melhor sobre o perfil e a idoneidade dos candidatos, mas não se deveria chegar ao dia da eleição sem ter uma ideia clara a respeito dos candidatos a votar. O voto de cada cidadão tem peso e, por isso, fugir das urnas, votar em branco ou nulo, embora possam ser atitudes legítimas, não são a melhor prática. Além de demonstrar desinteresse pelo bem comum, isso poderia favorecer candidatos que o cidadão não gostaria de ver eleitos. O melhor mesmo é escolher e votar conscientemente, valorizando o próprio voto. E não é o caso de, simplesmente, votar com a maioria: cada um deve tomar a decisão autonomamente e responder à própria consciência pela escolha que faz.
Talvez, alguém ainda espera que a hierarquia da Igreja indique partido e candidato aos fiéis, mas isso não é possível, porque a própria lei eleitoral é restritiva em relação a isso.
Entendemos que não é correto instrumentalizar a ação religiosa em função da busca do poder político; nem devem os clérigos mesclar atuação religiosa com campanha eleitoral. Mas é legítimo que os representantes da Igreja se interessem pela vida política e pela formação da consciência política dos cidadãos, propondo critérios de discernimento para a participação dos cidadãos na vida política e de escolha de partidos e candidatos nas eleições. Esses critérios decorrem dos princípios doutrinais e morais da fé cristã. Mas também decorrem da análise atenta da situação social, política, econômica e moral na qual se encontra o país.
O voto nunca deveria ser carimbado de ódio, raiva ou irresponsabilidade em relação ao bem comum. Voto é questão de consciência e chegou a hora de cada um fazer a sua parte para deixar o Brasil melhor após as eleições. No final de tudo, é isso o que conta.

Via: Aleteia

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