Ainda
que estejamos alquebrados, mesmo que a canseira tome conta de nosso corpo, não
importando o tanto de problemas enfrentados naquele dia, quem nos espera de
braços abertos no retorno disso tudo merece ao menos um sorriso carinhoso.
Quantos
de nós não lutamos para conquistar alguém, dando o nosso melhor, para, depois
de termos nos estabilizado junto ao amor de nossas vidas, deixarmos de lado as
gentilezas que alimentam o afeto que embasa a vida a dois? É como se, uma vez
juntas, as pessoas não precisassem mais que se lhes regassem os sentimentos,
como se sentimento fosse eterno, mesmo no vazio de um vai sem volta.
Na
verdade, os dias estão por demais céleres e atribulados, roubando-nos quase
todo o tempo de que dispomos, assoberbando-nos os sentidos e estafando nosso
corpo e nossa alma. Ao final do dia, estamos exaustos e acabamos levando para
além das paredes do escritório as preocupações que acumulamos lá dentro.
Avolumam-se os problemas, as contas, as dívidas, as minhocas na cabeça.
Embora
saibamos o quão nocivo é não conseguirmos nos desligar dos compromissos, quando
estamos tentando usufruir de nossos horários de lazer junto à família, aos
amigos, ou mesmo sozinhos, na quietude de nosso lar, torna-se quase que
impossível conseguir esse distanciamento dos contratempos, para que a calma nos
alcance. E é assim que acabamos descontando, muitas vezes, nossos desgostos
justamente em quem não tem nada a ver com eles.
Não
tem outro jeito: não podemos nos esquecer de regar o amor, de valorizar quem
caminhou conosco de mãos dadas, quem nos ama com afeto sincero. Ainda que
estejamos alquebrados, mesmo que a canseira tome conta de nosso corpo, não
importa o tanto de problemas enfrentados naquele dia, quem nos espera de braços
abertos no retorno disso tudo merece ao menos um sorriso, olhos nos olhos, um “eu te amo”, se não dito, demonstrado,
em gestos singelos, em ficar junto de fato.
Via: Conti Outra
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