Ainda
que no início pareça que o mundo cai sobre nós, devemos deixar tudo o que é
ruim ir embora para que as coisas boas possam chegar.
Deixar
ir é o processo mais natural da vida e, no entanto, o mais complexo e um dos
que mais nos causa sofrimento.
Terminar
uma relação, perder um ente querido, mudar de hábitos, de trabalho, de casa...
Tudo isso são renúncias que vamos experimentar em algum momento de nosso ciclo
vital, algo para o qual ninguém nos preparou e que aprendemos quase que ‘à
força’.
Não
existe uma fórmula mágica que possa servir a cada um de nós para enfrentar
melhor as situações marcadas pelo desapego, por uma dor emocional que, se não
for gerenciada da forma adequada, pode causar, por exemplo, uma depressão.
Porém,
podemos oferecer recursos essenciais nos quais você pode se apoiar, reflexões
simples para manter no dia a dia, e com as quais será possível obter um pouco
de luz nos instantes de complexidade.
Deixar ir para poder receber
Se
pensarmos bem por um momento, nos daremos conta de que o ato de ‘deixar ir’ é
uma música eterna que habita o segundo plano em nossas vidas.
Precisamos
entender que essas palavras, deixar ir, não estão ligadas exclusivamente à dor,
ou à perda ou sofrimento.
Em
algumas ocasiões, renunciar é uma forma de também nos permitirmos ser um pouco
mais felizes.
Renunciar
ao que nos prejudica é priorizar o bem-estar.
Deixar
ir quem nos machuca é ganhar saúde e equilíbrio pessoal.
Abandonarmos
certos hábitos, pensamentos e atitudes limitantes é ganhar oportunidades e desenvolvimento.
Assim,
vale a pena lembrar que o ato de ter que ‘soltar’, de libertar ou deixar ir,
também é uma oportunidade para nos renovarmos e continuarmos crescendo como
pessoas.
No
entanto, como sabemos, em outras ocasiões envolve um adeus difícil, que é
preciso saber assumir com coragem. Vejamos quais são as melhores estratégias
para enfrentá-lo.
Dê tempo ao tempo: as coisas belas
voltarão a aparecer
Quando
perdemos algo ou alguém, quando os deixamos ir, sentimos como se uma porta se
fechasse diante de nós para nos anunciar o fim do mundo.
De
fato, por pelo menos dois ou três meses acreditamos que é assim, durante o
tempo em que acontece o processo natural de luto; a libertação emocional, o
apoio e ir assumindo a realidade da situação são coisas que nos ajudarão.
Agora,
é preciso entender que ‘deixar ir’ também é um ato de coragem insuperável.
Porque ninguém pode viver atrelado ao sofrimento e à dor.
Quando
perdemos alguém devemos ‘deixá-lo ir’ para que esse processo natural que é o
adeus permita que também sigamos adiante, sem esquecermos o que foi deixado
para trás, mas sendo corajosos para sorrir de novo.
Precisamos
dar tempo ao tempo. É possível que nada volte a ser como antes, mas seja
diferente ou não, não significa que será necessariamente ruim. Muito pelo
contrário, já que podemos dar um passo rumo a novas situações felizes.
É preciso deixar ir embora aquilo que
não quer ficar
Há
momentos ao longo de nossa vida em que ficamos obcecados com o desejo de que
nada mude, e inclusive com a ideia de que quem está conosco não pode nos
deixar, ainda que já não nos ame. Isso não é certo.
É
preciso ter em conta que não há maior fonte de sofrimento do que a negação, do
que manter os olhos fechados diante de uma realidade que está desmoronando e
que nós mesmos nos esforçamos para ocultar.
É
preciso deixar que aquilo que já não se sustenta por si mesmo vá, do contrário
viveremos em uma falsidade dolorosa e incerta que ninguém merece.
É
preciso ter coragem e enfrentar a realidade. Se não nos amam não há porque pedir
caridade, nem ‘alongar um pouco mais’ as coisas. Tudo isso são atentados
diretos contra a autoestima.
Em
alguns casos, ainda que nos pareça incrível, deixar ir o que já não se mantém é
um modo de encontrar coisas melhores.
A vida lhe ensinará por quem deve lutar
e a quem é melhor renunciar
Neste
processo intenso de soltar, de se libertar do que machuca, de quem não nos ama,
iniciamos um interessante procedimento através do qual podemos descobrir tudo
aquilo que nos importa de verdade.
Não
importa se ao longo desse caminho ficamos com poucos. É indiferente se são
apenas quatro pessoas que estão ao nosso lado, se são dois os interesses nos
quais decidiu centrar sua vida.
Se
é o que o faz feliz, se são essas pessoas, essas coisas que enriquecem sua
mente e coração de verdade, então todo o desprendimento que realizou valeu a
pena.
Também
não se esqueça de que o que foi deixado para trás foi fundamental. Todo o
experimentado é importante, porque ainda que nada daquilo faça parte de seu
destino, é uma parte de sua história pessoal.
Via: Melhor com Saúde
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