Talvez o amor seja aceitar a dor do outro, o seu passado, sua bagagem, sua ladainha – e amá-lo apesar de tudo isso.
Cansei
de ver o amor sendo exaltado, colocado em um enorme pedestal, sendo lançado aos
céus em forma de fogos de artifício.
Isso
é tudo que procuramos desde o nascimento. É a resposta. É o começo e o fim (e o
que existe no meio). É tudo.
Nós
colocamos o amor como a coisa mais incrível do mundo, que encontra-lo significa
finalmente ser completa, e estar com o seu ‘grande amor’ vai ser perfeito, sem
falhas e tudo o que você sempre sonhou.
Mas
a dura verdade que você talvez nem queira saber é que o amor meio que cansa.
O
amor é forte, desafiador, é lição que despe a sua alma. Amor é dor. É
complicado. Mas ainda assim, vale a pena.
Veja
bem, de vez em quando nós glorificamos o amor. O enxergamos como essa coisa
perfeita para ser almejada. E quando encontramos alguém com quem nos
importamos, quando entramos em um relacionamento, nós travamos.
Porque
percebemos que o amor não é aquilo que pensávamos ser. É difícil, é confuso, é
cheio de discordâncias e mal-entendidos. E então pulamos fora.
Culpamos
a nós mesmos, culpamos nossos parceiros. Nos cansamos, e então começamos a
busca novamente, nos sentindo tão incompletos quanto anteriormente.
Talvez
nós precisamos de um lembrete: o amor não foi feito para fazer sentido o tempo
todo. Não é para ser fácil, para ser colocado dentro de uma caixa bonita, com
um laço perfeito.
Talvez
o amor – o amor de verdade – é apenas encontrar alguém imperfeito, assim como a
gente, e então ama-lo apesar dos seus defeitos. Talvez seja aprender a perdoar
as inconsistências do outro, assim como nós somos perdoados.
Talvez
seja confiar, mesmo quando o outro não merece essa honra. Talvez seja sobre
recomeçar e reconstruir. Sobre aprender a abraçar todas as partes do outro – as
boas e as ruins.
Talvez
o amor seja aceitar a dor do outro, o seu passado, sua bagagem, sua ladainha –
e ama-lo apesar de tudo isso.
Eu
nunca encorajaria ninguém a ficar em um relacionamento que machuca. A estar com
alguém que não te trata bem. Mas eu penso que, às vezes, nós esperamos muito do
amor e do nosso companheiro.
Nós
esperamos perfeição. Esperamos ser amados consistentemente, mesmo quando a
gente estraga tudo. Nós esperamos compreensão, perdão e vulnerabilidade, mesmo
quando não demonstramos isso para o outro.
Mas
talvez, o que nós precisamos mesmo é esperar menos e aceitar mais.
Talvez
nós precisamos entender que somos todos humanos, e que todos iremos errar. As
pessoas que amamos vão nos decepcionar. A gente vai pedir para elas ficarem com
a gente, e talvez elas fujam. Nós pedimos para elas cumprirem suas promessas, e
ao invés disso, elas quebram.
Existe
um milhão de formas diferentes para alguém que nós amamos nos machucar. Mas
precisamos continuar amando, do jeito que somos amados. É assim que o amor
funciona – ele sobrevive, ele cresce, ele continua, mesmo na sua imperfeição.
Então
pare de colocar o amor em um pedestal. Pare de olhar para o outro esperando que
ele supra todas as expectativas que você criou. Relaxe um pouco e aprecie-o
pelo o que ele é, mesmo que ele falhe.
Comece
a aceitar o que vem junto – de onde ele veio, a dor do último relacionamento
dele, a ferida do passado, o fato dele nunca abaixar o assento do vaso e como
ele sempre come a comida que você guarda para depois.
Talvez
o amor seja fazer pequenos sacrifícios pela pessoa que você ama. Não falar
absolutamente tudo que te irrita. Talvez seja não brigar quando ele esquece
algo que você pediu. É aceitar e amar ao máximo.
Porque
a verdade é que, somos todos pessoas imperfeitas tentando amar alguém
perfeitamente. E o amor não funciona assim.
Talvez
você encontre alguém que tenha falhas tão brilhantes quanto as suas, alguém que
a dor ainda queime tão intensamente quanto o sentimento no seu peito, alguém
que seja compatível com os seus pecados. Ame-o nos altos e baixos, nos bons e
maus momentos, nos tempos de crise, nas brigas e nas calmarias. Apenas ame. E não
pare.
Via: Bem Mais Mulher
Comentários
Postar um comentário