Nada
vai mudar o que aconteceu no meu passado, mas eu tenho encontrado um outro
presente. Daqueles que a gente esfrega os olhos e se belisca pra ver se é
verdade. E mesmo todo mundo me dizendo pra eu ir com calma e não transformar em
algo que não é, sei que já estou no meio do pulo. Já pirei. Já me joguei o
suficiente para não temer a queda, mas apreciar a paisagem.
Não
ligo muito para o quão rapidamente as coisas vão acontecendo. Não acho que
existe receita de bolo ou alguma prescrição médica que indique horários exatos
para demonstrações de afeto e afins. Acho que a delícia da vida é fazer o que
quer e poder assumir as consequências. Não imagino nada de demais, apenas não
quero me privar de viver isso.
Doido
é aquele que não vive o gosto bom do beijo com medo de torná-lo o preferido.
Maluco é quem prefere pular fora por não saber o que pode acontecer ao se
entregar. Claro que, sabendo-se o que quer, ninguém sai machucado. Mas se
permitir é fundamental para receber as coisas mais incríveis que a vida pode
oferecer. Ela abraça quem se dispõe, não quem se fecha.
E
fico assim, meio bobo, sorrindo à toa pro nada por conta do comichão gostoso
que sinto no peito. Viajo no último encontro, na memória que te coloca na minha
frente. Inevitável pensar em como já me machuquei, mas acho que a gente vai
adquirindo uma casca. Ela vai te protegendo das portadas, mesmo quando você se
abre assim. Ah, eu acho que é isso tudo mesmo.
Queria,
sim, um jeito de descobrir se não é só uma empolgação inicial, mas eu vou
seguir os instintos. E eles pedem mais, querem mais e vou apenas encaixando as
peças e polindo tudo isso com a falta que sinto de ter a presença. Não rotulem,
não chamem de nada, não atribuam juízo de valor ao sentimento.
Isso
que eu tô sentindo é lindo. E que seja sempre assim.
Via: EOH
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