As
carícias reforçam vínculos, transmitem sentimentos e emoções. Porém, nem sempre
praticamos tanto quanto deveríamos a maravilhosa arte de acariciar.
Acariciar
é uma arte destinada a reforçar vínculos, despertar sensações, emoções e
prazer. Nossa pele é um campo minado com uma infinidade de receptores capazes
de aliviar medos, oferecer felicidade e reafirmar a relação.
Sabemos
que nem todas as carícias são gratas, que nem todo contato físico é cômodo ou
agradável. As carícias estão reservadas a aqueles que habitam nosso coração e,
acreditemos ou não, são quase como um “alimento”
indispensável que oferecemos uns aos outros.
Um
bebê precisa das carícias dos seus para se sentir querido e para que muitas de
suas estruturas cerebrais amadureçam. Por sua vez, um casal que não pratica a
sábia arte da carícia não desfruta de relações plenas, de gestos simples que
criam universos inteiros de cumplicidade. Falaremos a respeito hoje em nosso
espaço, confira.
Acariciar com os sentidos, acariciar
desde o coração
Nossa
pele é como um campo minado com mais de 5 milhões de terminações nervosas que
traduzem em sentimentos e emoções tudo aquilo que recebemos do ambiente ao
nosso redor.
A
pele transmite frio, calor, repulsão, prazer, afetos e muitos tipos de emoções.
As carícias que uma mãe dá a um filho e que curam tantas feridas, a carícia de
um amigo que apoia, a de um parceiro que transmite amor sincero...
Também
não podemos nos esquecer de um fato evidente: todos os seres vivos procuram por
carícias e as desfrutam. Os animais trocam carícias entre si, nossos animais de
estimação nos pedem e nos dão carinho. É um tipo de linguagem que surge
diretamente de um ponto emocional do cérebro que entende que tocar quem amamos
é bom.
Acariciar é a arte de fomentar nossa
empatia
Quem
acaricia entende que essa ação é prazerosa, que sentir o contato pele com pele
de quem amamos é algo que queremos apreciar e que constrói, por sua vez, uma
relação positiva e saudável.
Agora,
há um aspecto a considerar. Em alguns casais há quem cometa o erro de entender
que as carícias fazem parte exclusivamente do sexo, que é uma fase prévia para
propiciar uma estimulação adequada.
Não
é assim, a arte de acariciar não é exclusiva da sexualidade, é uma linguagem
imprescindível entre os seres humanos que compartilham algum tipo de laço, seja
familiar ou afetivo sincero e significativo.
Eu
o acaricio porque sei que precisa, porque entendo que assim se sentirá apoiado,
querido e reconhecido. Tudo isso é um claro reflexo da empatia, por isso que
quem só busca ser acariciado, mas se esquece de acariciar ou abraçar os outros,
reflete uma forma sutil de egoísmo que pode ser um tanto quanto problemática.
A oxitocina, a cola dos seres vivos
A
oxitocina, além de ser um hormônio, é um neurotransmissor. Poderíamos defini-la
como uma “cola” dos seres vivos, que
favorece o amor, o carinho e o cuidado; que reduz o estresse; fortalece o vínculo
entre os casais e propicia a união da mãe com seu bebê.
A
oxitocina é produzida no hipotálamo e é secretada desde a hipófise para chegar
a todo nosso organismo.
Graças
a este composto químico fascinante podemos, através das carícias ou dos
abraços, estimular comportamentos como o cuidado, a empatia, a compaixão e
potencializar aspectos como o desejo sexual ou inclusive a lactação.
Quanto
mais oxitocina em nosso organismo, menor o comportamento agressivo. É algo
maravilhoso.
Perder o medo de tocar quem amamos e
quem nos ama
Há
pessoas tímidas, inseguras, pouco habituadas ao contato físico. Em certas
ocasiões é difícil estabelecer uma relação enriquecedora com quem não sabe, não
se atreve ou evita este tipo de linguagem.
O
amor que não se toca, não se busca e não se comunica com carícias, beijos ou
abraços, é um amor meio vazio que costuma deixar muitas vítimas. Fica faltando
algo.
Por
isso, não deixe de proporcionar este tipo de comunicação sem palavras, tente
fazer com que estes gestos sejam cotidianos e comuns. Uma carícia no rosto, na
mão, um abraço de bom dia ou de despedida, ou um beijo inesperado, são atos
maravilhosos que constroem as pequenas coisas que tanto nos unem.
Também
não duvide da necessidade de criar seus filhos com esse apego saudável de pele
com pele quando são bebês, e dos carinhos e abraços quando crescem.
Sabemos
que chegará uma idade em que desejarão evitar isso, mas o farão por simples
orgulho, porque no fundo todas as pessoas se sentem satisfeitas quando
acariciadas por quem amam.
É
um gesto que confere apoio, um “sempre
estarei aqui para você” ou “você é
parte importante de minha vida”.
Via: Melhor com Saúde
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