Atraímos
o que somos e temos, ou seja, enquanto estivermos incompletos, o que nos chegar
também estará aos pedaços.
Nada
como a maturidade para trazer entendimentos que nos aliviam muito daquilo que
nos deixava apreensivos tempos atrás. Se passássemos pela juventude com as
experiências que acumulamos lá na frente, seríamos poupados de muitos
sofrimentos inúteis, como aquele que nos afligia quando não éramos
correspondidos como queríamos.
Um
dos maiores equívocos de nossas vidas vem a ser justamente o de esperar que os
outros ajam como nós, ou que eles nos completarão naquilo que nos falta. Parece
que passamos muito tempo dependendo dos outros, esperando dos outros, vivendo
para os outros, enquanto deixamos a nós mesmos em segundo ou terceiro planos.
E, quando nos damos conta, percebemos como tínhamos sido ingênuos, perdendo
tempo atrás do que poderíamos encontrar bem dentro de cada um de nós.
É
assim com o amor, é assim com amizade, é assim com tudo na vida: caso fiquemos
esperando encontrar lá fora de nós algo que nos falta, iremos sempre caminhar
com um vazio nos acompanhando. Precisamos nos bastar e nos sentirmos completos
e inteiros antes de adentrarmos qualquer tipo de relacionamento, porque ninguém
possui o que, na verdade, temos de construir em nossa própria vida. Atraímos o
que somos e temos, ou seja, enquanto estivermos incompletos, o que nos chegar
também estará aos pedaços.
Embora
se fale tanto em amor próprio nestes últimos tempos, ainda é difícil nos
sentirmos bons e suficientes o bastante, ainda mais com tantas imagens de
corpos perfeitos e de sorrisos brancos na mídia em geral. Além disso, a
felicidade infelizmente se atrela ao tanto que se consome e ao tanto de carimbos
no passaporte, às aparências, interferindo em nossa capacidade de ser feliz com
o que temos, com o que somos. Afinal, impossível corresponder às figuras
esquálidas, ricas e felizes a que assistimos na televisão.
Na
verdade, embora os acontecimentos e as pessoas à nossa volta possam interferir
no curso de nossa jornada, teremos que manter felicidade e contentamento dentro
de cada um de nós, com otimismo, esperança, fé e positividade, pois é assim que
ficaremos mais fortes para encarar o mundo lá fora. É assim que não deixaremos
qualquer porcaria entrar em nossas vidas. Regando nossos próprios jardins,
estaremos mais protegidos contra as ervas daninhas que tentarem nos empurrar
goela abaixo, porque, então, não precisaremos de esmolas, nem de migalhas
alheias.
Via: Conti Outra
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