Querido
Desconhecido,
Este
ano eu encontrei o meu lugar.
Ele
estava escondidinho debaixo de alguns escombros vindo de milhares de tentativas
e construções malsucedidas.
Todas
elas nascidas de movimentos ansiosos, e principalmente, fugas.
Eu
não queria construir nada.
Eu
queria ser construída.
Entreguei
ao outro meu poder de colocar tijolos.
De
escolher as cores.
De
decisão.
Deixei
para lá minha sabedoria nata, meus instintos e segui por anos o que estavam
dizendo do lado de fora baseado em crenças limitantes.
Até
que eu parei.
Chorei
todo o meu passado.
Aceitei
minhas condições.
Me
desfiz de velhas malas.
E
escolhi.
Escolhi
cada tempero, recebi cada objeto, comprei detalhes e coloquei de pé o que
sempre sonhei.
Realizei
minha conquista internamente para então contemplá-la.
E
em cada cantinho desta obra eu me reconheço.
De
forma crescente e concreta minha busca por mim mesma se encontra.
Une
os pedaços com cola amorosa e vai criando uma coisa nova por dia sem perder a
essência.
Passos
dados a favor da missão que escolhi e aceitei.
Em
2017 chutei os baldes que me condicionavam para pintar as paredes que me
sustentam.
Que
seja bem-vindo 2018.
Colorido.
Radiante.
Romântico.
Concreto.
Real.
Seja
bem-vindo ao meu mundo, querido desconhecido!
Via: Resiliência Mag
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