Dos
muitos erros que eu já cometi em relacionamentos, um dos que mais me marcou – e
que eu mais repeti – foi desmarcar compromissos por causa de uma paixonite.
Perdi
as contas das vezes em que pedi para uma amiga entender se eu não fosse ao
nosso cineminha porque aquele cara me chamou para sair, ou em que eu
simplesmente não marquei nada no fim de semana porque sabia que ele iria me
chamar para qualquer programinha à toa.
Sei
que é até feio assumir, mas é verdade. Por bastante tempo eu fui a pessoa que
colocava os próprios compromissos em segundo plano por qualquer paixonite que
abalasse esse meu coração libriano.
A
verdade é quase todo mundo já fez isso. Estar apaixonada é realmente uma
delícia e é quase inevitável que nessas horas a gente fique um pouco
monotemática. Ter vontade de estar sempre ao lado de quem se gosta é o mais
natural dos sentimentos e é maravilhoso que a gente consiga desfrutar dessas
oportunidades. Mas é justamente nesses lapsos de tolice que naturalmente
acompanham qualquer paixão, que nós muitas vezes cometemos o erro de deixar de
lado a própria vida e priorizar a paixão, o tesão, ou – eu sei que é duro
admitir – a ilusão.
Sei
que ninguém aprende nada com os erros dos outros e que provavelmente eu estou
escrevendo tudo isso em vão, mas se eu pudesse dar um conselho às apaixonadas
de plantão, seria esse: curta a delícia de viver uma paixão, mas se ocupe. Faça
seus próprios planos. Seja protagonista das suas risadas e da sua diversão. Os
casais mais felizes que eu conheço são aqueles formados por dois
autossuficientes que definitivamente não dependem um do outro para serem
felizes e terem momentos de alegria e satisfação. No fundo, as pessoas legais,
altruístas e que realmente valem a pena sempre farão questão de se adaptar aos
nossos compromissos e se alegrar com aquilo que nos faz feliz e não é só a
paixão.
Via: EOH