Ela
já não sabia mais quem era de verdade.
As
curvas da vida, algumas estradas sem saídas, a deixaram confusa, um tanto
quanto perdida.
Ela
questionava tudo, ela se questionava demais. Andava pelos cantos, se
escondendo, se anulando, e muitas vezes pensando que não era boa o suficiente,
que não era capaz de ser a mulher que sempre desejou ser.
Ela
vivia de migalhas, ela estava perdida em uma existência vazia, se doava demais,
e se amava de menos.
Em
meio ao caos, a confusão, finalmente ela se lembrou de quem era de verdade, e
então o jogo mudou.
Ela
finalmente entendeu que só dependia dela, mudar, melhorar, crescer e evoluir.
Hoje
ela já não teme os abismos, porque de tanto cair, aprendeu a voar.
Hoje,
ela já não procura mais pelo príncipe encantado, ela carrega sua própria
espada, sem deixar cair sua coroa. Ela cansou de procurar e agora quer ser
encontrada.
Ela
não precisa de ninguém, mas quando quer alguém, deixa muito claro que só quer
quem acrescente, quem se faça presente, e saiba como a tratar.
Hoje,
quando se vê, em meio a incêndios, ela olha para o fogo e sorri, ela aprendeu a
apreciar o ardor das chamas, porque o fogo que queima dentro dela, sempre será
mais forte do que o que queima a sua volta.
Hoje,
quando ela sorri, as pessoas percebem, que existe beleza nas imperfeições, que
existe força na vulnerabilidade, e que sempre existe a possibilidade de mudar,
quebrar tabus, virar o jogo, e vencer.
Ela
é flor, e graças aos dias de sol e tempestade, ela cresceu e floresceu, virou
magia, acendeu sua luz e nunca mais se esqueceu de brilhar.
Ela
sou eu, ela é você, ela, representa todas nós, que nos perdemos, nos
reinventamos, e temos orgulho do que nos tornamos.
Via: Resiliência Mag