Não
devemos confundir ser boas pessoas com deixar que se aproveitem de nós. Se você
notar algum abuso, aprenda a pôr distância e proteger sua integridade.
As
boas pessoas são algo mais do que um pilar na família, do que um aliado eterno
no grupo de amigos ou um farol de luz em nossas sociedades complexas.
São
um desafio para si mesmas porque, acima de tudo, devem enfrentar decepções e
alguma traição.
Não
se trata, em absoluto, de acreditar que as pessoas estão divididas em duas
categorias: as boas e as más. Não é isso.
Há
um tipo de personalidade onde são identificados diferentes traços, qualidades
diferentes, que fazem com que certos indivíduos sejam únicos.
São
aqueles que veem o mundo com o coração. Por sua vez, se lançam como os mais
sensíveis, porém os que escondem uma coragem maior.
São
fiéis a suas essências e frequentemente são tachados como ingênuos por confiar
muito, de fracos por dar tudo a troco de nada.
É
certo que escondem muitas feridas, marcas que já são cicatrizes. Porém, as boas
pessoas não se rendem e nem desejam mudar de atitude. Não o fazem porque não
podem ser de outro modo; ninguém pode arrancar suas raízes assim tão
facilmente.
A
seguir, explicaremos de quais maneiras pessoas que se identificam neste perfil
podem enfrentar seu dia a dia.
As boas pessoas devem cuidar de sua
integridade emocional
Um
aspecto curioso que as pessoas boas experimentam quando sofrem uma decepção é
atribuírem a culpa a si mesmas.
Se
alguém as trair, elas se sentem culpadas por esperarem muito dos outros ou por
entregarem toda a sua confiança sem questionar nada.
Pouco
a pouco, cada pequeno espinho é focado, cada dor e cada decepção sofrida no
próprio coração, nesse emaranhado pessoal que é a autoestima.
Em
caso de atribuir cada desprezo ou cada fracasso a si mesmo, acaba por criar uma
autoimagem muito negativa quando, na realidade, quem dá carinho, apoio e
positividade, nunca deveria chegar a este tipo de conclusão.
Temos
de gerenciar de forma adequada cada uma de nossas realidades, as positivas e as
negativas, para manter sempre um equilíbrio interior adequado.
Ao
invés de heróis seremos vítimas, e quando os que nos rodeiam nos enxergarem
desse modo, o mais provável é que se aproveitarão dessa situação em benefício
próprio.
A arte de cultivar o amor próprio
O
amor próprio é um tendão psíquico e emocional que nos confere força e
dignidade. Pense nele como em seu próprio esqueleto. Graças a ele você se
mantém de pé, se movimenta pelo mundo com força e harmonia.
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Se um osso quebrar, você não sentirá apenas dor, mas além disso, deixará de
avançar e inclusive correrá o risco de começar a depender dos outros.
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As boas pessoas devem cuidar de seu amor próprio. Para consegui-lo é necessário
aprender a dizer não quando não desejamos algo, quando não podemos chegar até
aonde nos exigem.
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Por sua vez, a bondade não está em desacordo com a dignidade. Se sabemos que
somos vítimas de manipulação ou de egoísmo, temos o direito e o dever de nos
protegermos. De levantar voo.
As cicatrizes que você esconde perfilam
o que você é agora
Machucaram
você muitas vezes. É possível inclusive que nunca tenha compartilhado com
ninguém todas essas decepções.
Precisamos
aprender a gerenciar estas situações, estas feridas emocionais.
Se
alguém nos decepciona, não devemos atribuir a culpa a nós. Devemos entender
apenas que nem todas as pessoas podem ser como desejamos ou queremos.
Está
claro que sentiremos dor, que a decepção marcará. Porém, quanto antes virarmos
a página, melhor será.
Das
cicatrizes aprendemos a ver as coisas de forma mais nítida. A sermos mais
prudentes, não doarmos tudo em troca de nada, não abrirmos nossos corações sem
mais, a quem ainda não nos demonstrou nada com autenticidade.
Não desista, nunca perca suas raízes
As
boas pessoas não podem ser outra coisa além do que são: corações atentos aos
que lhes rodeiam, preparadas para ajudar, para dar felicidade.
É
assim que se sentem bem, é assim que entendem a vida. Talvez por isso sintam
tanta dor quando lhes ocorre um vazio, quando não apreciam sua presença, seus
esforços, sua dedicação.
Porém,
nunca devem se perder nas próprias raízes. Precisamos entender que a bondade e
a dignidade podem andar de mãos dadas.
Que
dar um toque de atenção para dizer “porque
não me leva em conta”, ou “você faz
com que eu me sinta um fracassado” não é atuar com egoísmo, é nos
defendermos, é cuidar de nosso amor próprio.
Em
conclusão, nunca deixe de ser o que sente, o que lhe define desde que tenha seu
coração em uso. Além disso, não se esqueça de que nunca é demais pôr limites,
proteger-se.
Via: Melhor com Saúde