Conquistar
não exige muito esforço. Um pouco de paixão (acompanhada de corações
acelerados, ligações diárias e saudades excessivas), de charme e romantismo
conseguem isso. Mas, para manter o amor vivo, meu caro, você vai precisar de
muito mais que isso.
Não
são raros os amores que começam fervorosos e acabam mais gelados que um iceberg
e o motivo, acredite, não é nada surpreendente: as pessoas esquecem de manter o
relacionamento que conquistaram.
Conquistar
não exige muito esforço. Um pouco de paixão (acompanhada de corações
acelerados, ligações diárias e saudades excessivas), de charme e romantismo
conseguem isso. Mas, para manter um relacionamento as pessoas precisam de doses
cavalares de paixão, amor incondicional, respeito, vontade e o mais importante:
disposição para fazer dar certo.
Para
começo de conversa, é necessário entender que um relacionamento possui duas
vertentes: o amor e a paixão. E sim, são dois sentimentos diferentes e
paralelos e, por isso, tantas pessoas os confundem. Enquanto o amor é definido
pelo companheirismo, pela parceria e pela cumplicidade, a paixão á formada pelo
contato da pele, pelo olhar e pela admiração. E, não, um não supre o outro.
Quando
amamos temos medo de perder. Protegemos. Cuidamos. Como diz Carpinejar: “porque amor é justamente isso, é ficar
inseguro, é ter aquele medo de perder a pessoa todo dia, é ter medo de se
perder todo dia. É você se ver mergulhado, enredado, em algo que você não tem
mais controle”.
O
amor é o mais perfeito antídoto contra o egoísmo que existe. Quando amamos, de
verdade, aprendemos a dividir um espaço na cama, a chave do carro, o controle
da TV... a vida! E a paixão faz você ter prazer em fazer tudo isso! A paixão
nos faz sentir vivos, alegres, completos. Gabriel García Marquez tinha um dos
mais sensatos pensamentos sobre a paixão: “como
provar aos homens o quanto estão enganados ao pensar que deixam de se apaixonar
quando envelhecem, sem saber que envelhecem, justamente, quando deixam de se
apaixonar?!”
O
problema está em manter o que foi conquistado. Existe uma grande ilusão, criada
pela sociedade, de que tudo o que foi conquistado é nosso por direito. Grande erro!
Passou no concurso? Não precisa mais estudar! Casou? Não precisa mais se
preocupar com a aparência. Comprou uma casa? Não precisa mais economizar. Que
ilusão!
A
grande verdade é que, grande parte das mulheres nunca sabem o que querem e, dos
homens, é que nunca valorizam o que já possuem. Amor exige extremo cuidado e
atenção diária. Não dá para, depois de uma briga, dormir em camas separadas,
nem ficar sem conversar por dias, tampouco provocar ciúmes achando que isso irá
apimentar a relação.
É
preciso cuidar do que nos é sagrado! Amor é coisa para gente grande. Grande de
idade, alma e espírito. Drummond em toda a sua sabedoria dizia que não podíamos
permitir que a rotina nos cegasse a ponto de não enxergarmos o essencial: “por isso, preste atenção nos sinais – não
deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O
AMOR”.
As
pessoas se perderam um pouco nesse conceito de independência. Conquistamos o
nosso espaço no mundo, atuamos em carreiras profissionais diversas, somos
livres para decidir se queremos ou não casar, mas ainda continuamos carentes de
amor. Não sabemos dar e receber afeto. Não sabemos amar sem ter ciúmes, não
sabemos casar sem ter um papel que indique posse. Simplesmente, não sabemos!
Amor
vai além de tudo isso. Amor é quando, mesmo sem precisar de ninguém para pagar
seus boletos, nem opinar sobre sua vida, você deseja estar ao lado de alguém
especial. Alguém disposto a fazer dar certo, sem neuras, sem traumas e sem
cobranças. Resumindo: um companheiro de vida. De vida toda!
São
esses os sentimentos que nos fazem começar uma história. E são eles que nos deveriam
motivar a continuar. Então, pense bem... o amor pode sim acabar, mas isso, meu
caro, quem decide é você.
Via: Obvious