A mulher de hoje é um reflexo sincero da menina de ontem.



Ela sempre foi descompassada quando se tratava de intensidade, às vezes se doava demais, outras tinha medo de colocar o pé e ser mais uma vítima dos amores rasos não correspondidos. Passou por situações únicas ao longo da vida, teve namoricos de adolescente, paixões platônicas e aquela velha sensação que tal relacionamento seria pra sempre.
Tudo passou, inclusive a sua imaturidade de alguns anos atrás, descobriu nos dias atuais o tão aclamado equilíbrio emocional, seja o batom vermelho ou em tom de nude, ela se olha no espelho e enxerga muito mais do que um padrão de beleza imposto e sim as minúcias e prazeres de ser quem ela é, de ser só dela e não pertencer a nenhum desses caras que se dizem ‘apaixonados’ que no fundo são machistas e abusivos.

Ela é singular, uma meditação metafísica autoexplicativa, recheada de conexões com as pessoas que ficaram ao redor. Aprendeu a desvendar as verdadeiras amizades, separou o falso do verdadeiro e assim começou a colher sentimentos que hão de dar frutos pela sua vida inteira.
A mulher de hoje é um reflexo sincero da menina que passou, ela tropeça, ela levanta e no fim enfrenta tudo para ser feliz sem depender ou desmerecer alguém. Sem apontar o dedo, pisar no calo ou debochar do próximo. Percebeu que a melhor maneira de evoluir era ser altruísta, por mais que o mundo ainda não esteja preparado para a compaixão, foi sábia e resolveu seguir o caminho de Deus, ainda que precise abraçar o seu próprio inimigo.