Que o outro nunca nos limite amar!



Soube há pouco que agora você está com outro alguém. Foi o bastante para sentir o corpo estremecer e colocar a culpa no vento frio que passava pela janela. Pelo visto não tem mais jeito mesmo. Acho que agora é hora de olhar um pouco mais para frente, talvez me situar naquele novo horizonte que eu estava preparando para mim sem você, mas que não imaginava que chegaria agora. Assim de repente...
Te dei mais tempo do que realmente você achou necessário. É estranho pensar dessa forma, confesso. Eu ainda tinha esperanças de que pudéssemos cumprir todas aquelas promessas mútuas que fazíamos, os sonhos, viagens e planejamentos de que construiríamos uma vida a dois. Onde o amor fosse sempre o pioneiro de todas as nossas escolhas, mas bastou apenas uma chance de colocar nosso amor a prova e você desperdiçou.

Mas agora é chegada a hora de partir de vez de você. Seguirei meus passos sem pensar muito que o seu amor não me acompanhará, esse mesmo vento frio que hoje sopra sobre meu corpo há de me esquentar com um novo amor mais à frente. Não posso privar meu coração por um motivo seu, ele não tem culpa de não saber controlar as boas emoções e eu mereço sim alguém que o compreenda da forma que ele costuma se entregar. Coração pode ser bobo, mas o amor nem sempre sabe ser esperto... Não me cabe ordenar que ele não traga outro alguém como você, como disse: “o coração é bobo e o amor nem sempre sabe ser esperto”.
Mas tudo bem, vamos lá. Amanhã já é outro dia, hoje mesmo já é um outro dia e eu não vou me apegar a essa sua ausência nem as suas memórias em minha vida. É aquela história “só leve o que for bom” e você foi bom em alguns momentos e isso não me permite te levar por ‘inteiro’, vou fracionar o que valer a pena, afinal, ensinamentos e experiências são bagagens que a vida não desperdiça. Hoje será só mais um dia em que o amor me deixou uma lição: “amar por dois nunca valerá a pena”.
Então sigamos.
Entre perdas, escolhas, erros, ganhos e acertos, mas acima de tudo com amor verdadeiro dentro de nós.
Que o ‘outro’ nunca nos limite amar.