Se
você não gostaria que revelassem uma informação que você compartilhou em
segredo, por que iria faltar com respeito com aqueles que lhe confiaram suas
intimidades?
Às
vezes por insegurança, outras para resguardar a autoestima ou para proteger
nosso equilíbrio emocional e psicológico, há certos aspectos sobre nossa vida
que é melhor manter em segredo e não compartilhar com ninguém.
Todos
temos claro que um vínculo social e afetivo dá abertura para compartilhar
determinados fatos, alguns pensamentos e experiências passadas que explicamos
aos demais porque confiamos, porque a amizade ou o amor se caracterizam,
precisamente, por isso mesmo.
Porém,
para cuidar de nossa saúde psicológica é necessário entender que a própria
identidade requer frequentemente que sejam estabelecidas linhas de proteção.
Assim
como quase ninguém diz em voz alta o que pensa, sente ou percebe, sem filtros e
nem coberturas – a não ser que sofra de algum transtorno – também não é
adequado eliminar barreiras e compartilhar tudo o que é nosso com quem nos
rodeia.
Hoje,
em nosso espaço, queremos explicar quais aspectos, dimensões e dinâmicas
pessoais é melhor manter no jardim do privado. Confira!
Planos, sonhos ou projetos: cuidado com
quem os compartilha
Todos
temos projetos em mente que, em ocasiões, comentamos com alguém.
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Mais tarde, e pelas razões que forem, pode acontecer de deixarmos essas metas
de lado, postergá-las ou nos desfazermos delas. Isso pode acontecer.
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Este fato, tão natural e tão comum, é o detonante para que muitos encarem como
justificativas eficazes para nos criticar, para nos colocar em evidência como
pessoas que, longe de lutar por algo, abandonam.
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Em outros casos, pode se dar um fenômeno um tanto mais complexo: que pessoas
próximas assumam nossas mesmas metas ou se apropriem de nossos próprios
desejos.
Por
estes e outros motivos como possíveis invejas, sofrer comentários depreciativos
ou ouvir o típico “você não vai
conseguir”, o melhor é fazer uso da discrição e reservar seus próprios
objetivos vitais.
A
luta silenciosa, persistente, contínua e sempre discreta, obtém os melhores
frutos.
Mantenha as coisas sobre seus amigos e
família em segredo
Tudo
aquilo que pertença a esferas alheias às nossas não é nosso território e, portanto,
não se compartilha.
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Isso é algo quase ‘vital’: o que tenha a ver com amigos, família, e inclusive
companheiros de trabalho é como um tesouro privado que é preciso proteger.
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Nada disso pode ser revelado a terceiras pessoas. Nada disso deve ser exposto.
Nada do que eles tenham passado, sofrido, vivido, rido ou chorado, pode simplesmente
escapar para terceiros.
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Ainda, é conveniente exigir a mesma coisa aos outros: ninguém pode falar aos
outros sobre as nossas intimidades.
É
um princípio de reciprocidade que diz muito sobre as pessoas e que, portanto,
devemos praticar.
É melhor não compartilhar as intimidades
da nossa vida afetiva
Não
deveríamos fazê-lo, mas, em ocasiões, quando temos uma amizade com alguém, não
hesitamos em falar de nossa vida sexual, ou de detalhes íntimos e privados que
experimentamos com nosso parceiro.
Pode
ser que a princípio pareça algo normal e até divertido, ou reflexo de uma boa amizade
estabelecida com alguém.
Porém,
na medida do possível, é preferível não cair nesta deriva de revelar esses
aspectos ou detalhes que só cabem ao próprio casal.
Não
há problema algum em comentar certos pontos do relacionamento, se somos felizes
ou não, que coisas fazem parte da nossa rotina diária.
Porém,
como dissemos, há terrenos que têm campos vetados, por um princípio básico e
essencial de respeito à outra pessoa que amamos.
Muitos dos seus pensamentos deveriam ser
só seus
Há
certos aspectos de nosso universo pessoal que não só não é conveniente expor
para revelar a alguém, mas muitas vezes nem podem ser explicados.
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Há vezes em que experimentamos determinadas sensações, intuições, que não
podemos definir.
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São elas que fazem, por exemplo, com que evitemos certas pessoas, que
escolhamos um caminho ao invés de outro, ou que, em um dado momento, precisemos
ir embora de um lugar, ou comprar certas coisas, ou fazer aquilo outro.
Há
realidades que simplesmente ocorrem ‘porque sim e sem mais’, e que não há como
explicar. Caso o façamos, o mais provável é que não nos entendam ou que
inclusive formem uma imagem errada de nós.
Suas virtudes, seus atos nobres, seus
atos heroicos
Em
2001 reanimei um homem que havia sofrido um afogamento na praia. Cuidei da
minha mãe com Alzheimer até que ela faleceu, fiz isso e aquilo outro dia.
Me
preocupo todos os dias que meus avós tenham a geladeira cheia e a casa em
condições. Colaboro com entidades que ajudam países de terceiro mundo. Já resgatei
10 animais abandonados...
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Mais do que manter esses dados em segredo, o mais adequado é “não vestirmos medalhas”, sermos discretos,
nos mantermos humildes.
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Em nosso dia a dia há milhões de heróis e de boas pessoas cumprindo com estes
mesmos atos, que longe de serem heroísmos, são ações normais que todos deveriam
realizar.
São
fatos que, por sua vez, enriquecem a nós mesmos e que recompensam o próprio
coração, não o dos outros.
Portanto,
não precisamos exibi-los e, às vezes, tampouco comentá-los. Fizemos e fazemos o
que deve ser feito, e essa é a realidade autêntica.
Uma
realidade que, às vezes, só nós entendemos em profundidade...
Via: Melhor com Saúde