Muitas
vezes, ficamos tão preocupados em suprir as necessidades do nosso companheiro,
que esquecemos que temos necessidades também.
Pensando
em agradar quem amamos, agimos de forma que essa pessoa se sinta bem ao nosso
lado, que não sinta falta de nada (até para ‘não ir procurar fora’), que se
realize no amor, e podemos acabar esquecendo que somos um ser humano também
cheio de anseios e sonhos.
O
que pode acontecer é de, lá pelas tantas – talvez até alguns anos depois -, nos
darmos conta de que o nosso parceiro realmente está feliz, amparado, amado e
cuidado, mas nós, definitivamente, não.
Ou,
num cenário pior, o outro pula fora, seja lá por que motivo for, e restamos
nós, vazios, carentes e perdidos no mundo...
Qualquer
hipótese é ruim. Por isso, é preciso que atentemos às nossas necessidades,
desde o início. Ou desde agora, se o início já passou faz tempo. Do contrário,
uma hora ou outra a vida vai nos cobrar. E a culpa será toda nossa.
Nossa
porque, não adianta, o único responsável efetivamente pela nossa felicidade
somos nós mesmos. Se um relacionamento não está legal, se o outro não nos trata
como gostaríamos e vemos que não tem jeito, ele não irá mudar, cabe a nós
pularmos fora. E não ficar mendigando carinho, atenção e dedicação.
Aquela
história de amor incondicional e tal é linda, mas não funciona exatamente no
relacionamento entre um casal. Entre duas pessoas que resolvem ficar juntas,
não adianta, tem que haver reciprocidade. Se um se doa muito mais do que o
outro, vai chegar uma hora em que a equação não vai fechar: é o tal do ‘consciente
de troca’. Se a troca não existir, ou for muito desproporcional, o saldo ficará
negativo para uma das partes. E daí, mais cedo ou mais tarde, isso vai pesar
para ela.
Então,
vale, em primeiro lugar, exercitar o amor próprio: mais do que para o outro,
precisamos nos dedicar a nós mesmos, nos estimar, nos cuidar, nos conhecer, estar
atento ao que nos realiza.
Porém,
também não podemos esquecer que o outro deve considerar os nossos desejos e as
nossas necessidades, e se dedicar ao relacionamento, não ficando apenas ‘recebendo’.
É claro que não é uma matemática exata, em que o amor dado e recebido deve ‘bater’
em valores, mas a reciprocidade deve existir para a relação ser saudável. Ambos
os envolvidos devem sair ganhando, com nenhum sendo ‘sugado’ ou anulado pelo
outro.
Então,
fiquemos atentos!
Via: Conti Outra