Mais
uma vez tentei entender e resolver o dilema que está dentro de mim e não
consegui. E então a mulher sempre segura do que quer, pareceu uma garota
indecisa e nada assertiva. Claro que usei como desculpa o fato de você estar
perto me tomando os sentidos, mas não sei se esse é o real motivo.
Acho
mesmo que faltou foi coragem. O sentimento que tenho por você ainda pesa mais
que todos os argumentos que tenho para te deixar.
Não
sei ao certo o que me faz querer estar próxima de alguém que nem sempre
demonstra o mesmo por mim. A verdade é que nunca gostei de situações
indefinidas. Não, não consegui adotar a filosofia do deixa-ver-o-que-vai-acontecer.
Não tenho mais paciência.
Me
deixo levar pelos seus encantos e sempre perco a coragem de me afastar, mas não
adianta perder tempo quando já sabemos o final da história. Não vai passar
disso. Serão mais alguns dias de paixão enlouquecida, depois algumas lacunas
enquanto voltamos às velhas crises de entendimento, depois a frieza da distância
e por fim mais dias, semanas ou meses longe um do outro.
Como
disse a filósofa: “todo esse caminho eu
sei de cor”.
Racionalmente
entendo tudo isso, mas cadê a coragem de falar e te mandar pra bem longe? Me
sinto a mais fraca das pessoas por tremer só em ouvir tua voz. É como se você
fosse uma Kryptonita que tirasse todas as minhas forças. De longe tudo é fácil,
mas diante de você perco o meu pensamento crítico e sou levada a cometer sérios
enganos.
Então
vem aqui e me dá um último beijo... daqueles de tirar o fôlego. Daqueles que
vou lembrar pra sempre todas as vezes que contar para alguém a nossa quase
história de amor com um quase final feliz.