Romantizar
as relações é uma tarefa comum entre os apaixonados. As pessoas tendem a
romantizar as histórias, verem qualidade onde nunca existiram e dedicarem
músicas às fases dos relacionamentos como se fosse um filme de Francis Ford
Coppola. Porém, ao perceberem que o outro não corresponde à suas expectativas,
o conflito se instaura e o drama começa.
Para
que haja superação da dor e para que o término não vire uma tortura psicológica
é preciso entender os motivos que, realmente, levaram ao término. É necessário
fazer uma autoavaliação e colocar na balança o que foi decepção e o que foi
ilusão criada pela paixão.
O
que o levou ao encantamento no começo da relação? Por que ele era interessante?
Por que ela era mais atraente? Por que parecia mais fácil suportar as
diferenças?
Todos
esses questionamentos refletem o seu comportamento até aqui. Para respondê-los
é necessário, primeiramente, entender que ninguém é configurado para agradar os
outros. Somos formados de personalidade, hábitos e educação, e forçar uma
relação a dar certo, acreditando que ela acabará se tornando perfeita, é como
dar um tiro no próprio pé.
A
não ser que vocês estejam dispostos a isso, a probabilidade de um dos dois
mudarem ‘por amor’ é zero. As pessoas mudam/amadurecem conforme as situações
que enfrentam na vida e não a bel-prazer do parceiro.
A
escolha de um parceiro envolve atração (física e emocional), admiração, desejo
e respeito. Quando a paixão cega, a maioria desses ‘requisitos’ são camuflados
prevalecendo somente a perigosa atração física. Aí, meu amigo, lascou tudo.
Uma
paixão pode te deixar boba, mas não burra. Pode embaçar a visão, mas não
cegá-la. Pode até te deixar iludida, mas nunca enganada. Então, pare de colocar
a culpa sempre no outro e veja se não foi você quem viu a perfeição onde nunca
existiu.
O
amor dá sinais, mas é a convivência que os comprova. Sabemos quando alguém não
é para nós. Os sinais são claros, os defeitos irritantes e a rotina
avassaladora. Stephen Charles Kanitz, consultor de empresas e conferencista
brasileiro, afirma que “não são os grandes
planos que dão certo; são os pequenos detalhes”.
Ele
fala que a ama, mas a ofende na primeira oportunidade. Ela diz ser
compreensiva, mas tem mais ciúmes que uma psicopata. Ele diz ser calmo, mas já
ameaçou te agredir. Sinceramente, a culpa é somente do outro ou você, também,
compactua com isso sendo permissivo demais? Entenda: você tem direito de errar,
mas não ouse transformar isso em um casamento.
Não
teima com o destino. O que não é seu, nunca irá te servir. Limpe a alma, arrume
o coração e pare de viver de remendos. Há oportunidades que só entrarão pela
porta, quando você tiver coragem de fechar as janelas.