Crie
o seu estilo. Faça a sua moda. Perdoe quando tiver vontade. Acaricie suas
manias. Tenha filhos se quiser mesmo. Filho não é certificado de sucesso nem
garantia de uma velhice mais segura. Muita gente com filhos e netos morre
abandonado em asilos meia boca. Case se você encontrar alguém que realmente te
admire e curta a sua companhia independente dos seus cabelos brancos e
quilinhos a mais. Olhe a solidão de frente e tire-a para dançar.
Somos
ensinados e preparados a acreditar que a vida é uma estrada linear, sem curvas
ou abismos. Precisamos seguir em frente sempre, na mesma velocidade, sob o som
da melodia social. Podemos parar para descansar e dar uma esticada nas pernas
apenas nos pontos indicados pelas pessoas conhecidas. Falar com estranhos
jamais. Experimentar uma bebida nova pode ser perigoso também. E por medo de
ousar, pedimos o lanche de sempre e falamos para nós mesmos que juízo e canja
de galinha nunca são demais.
A
maioria estuda para tirar cinco ou sete (depende da média de cada instituição),
a maioria se prepara para ter um salário apenas, a maioria se contenta em ter
um relacionamento para dizer que não está só, a maioria se contenta em
organizar uma super festa de casamento para compensar a magia que falta à
relação, a maioria se convence de que ter um segundo filho é uma ideia
maravilhosa sendo que não deu conta nem do primeiro, a maioria se contenta em
ser e viver como todo mundo vive.
Errar
é preciso. Não me refiro a crimes. Não me refiro a sair pelo mundo roubando,
agredindo as pessoas, provocando sofrimento, depredando patrimônio cultural e
corações. Me refiro ao erro como a coragem de correr riscos, de testar caminhos
e receitas novas.
Entrou
em uma faculdade e não curtiu o curso? Desista e procure outro. Está infeliz na
carreira? Não use a idade como pretexto para fugir de um novo rumo à sua vida.
Sempre teve vontade de fazer uma viagem para algum lugar exótico, mas teme
gastar as economias em um passeio? Se arrisque! De repente esta viagem pode ser
a sua experiência mais memorável e se não for, paciência. Pelo menos você
tentou. Quebre paradigmas. Não faça tudo do mesmo jeito, na mesma hora.
Permita-se conversar com estranhos, contar piadas ‘indecentes’, dizer “eu te amo” quando o sentimento for
verdadeiro, roube beijos, chame quem mexe com o seu coração para um programa
qualquer, permita-se ficar triste ou mandar tudo à merda quando o coração ficar
dolorido, permita-se mandar à merda quem te ridiculariza.
Crie
o seu estilo. Faça a sua moda. Perdoe quando tiver vontade. Acaricie suas
manias. Tenha filhos se quiser mesmo. Filho não é certificado de sucesso nem
garantia de uma velhice mais segura. Muita gente com filhos e netos morre
abandonado em asilos meia boca. Case se você encontrar alguém que realmente te
admire e curta a sua companhia independente dos seus cabelos brancos e
quilinhos a mais. Olhe a solidão de frente e tire-a para dançar.
Desvie
do caminho de vez em quando. Descobertas incríveis acontecem quando nos
permitimos experimentar. Prove comidas diferentes. Fale com estrangeiros mesmo
que o seu inglês, o seu francês ou italiano, alemão e espanhol sejam
macarrônicos. Somos as experiências que acumulamos. As paisagens que vimos, as
músicas que ouvimos, os livros que lemos, os sabores que provamos, as bocas que
beijamos, o amor que sentimos e recebemos, as risadas que demos, as lágrimas
que choramos, as verdades que declaramos olhando nos olhos dos outros.
Ninguém
conhece a si mesmo nem vive uma vida significativa fazendo tudo sempre igual,
sem correr riscos, sem ousar, sem se permitir errar, sem se permitir ser
ridículo de vez em quando. Ninguém consegue ser autêntico sem ser um pouco
patético, um pouco vulnerável, um pouco estranho, um pouco julgado, um pouco
invejado, criticado, muito encantador. Todos nós nascemos para sermos
protagonistas. Basta subirmos no palco e reivindicarmos nosso lugar no
proscênio da vida.
Via: Obvious