Procura-se
alguém que saiba escutar e não apenas ouvir.
Alguém
que antes de começar a falar desesperadamente sobre si pergunte como está o
outro e preste atenção na resposta.
Alguém
que escute olhando nos olhos e percebendo sentimentos.
Alguém
que não atropele o que o outro está dizendo porque está o tempo inteiro focado
só no que lhe diz respeito.
Alguém
que antes de julgar e levantar hipóteses cruéis sobre o jeito de ser do outro,
pergunte e escute o motivo daquele comportamento.
Alguém
que saiba escutar tristezas e problemas sem ficar contando os minutos para
apresentar suas mazelas também... como se a conversa fosse um campeonato de ‘coitadices’.
Alguém
que saiba escutar a ponto de perceber que muitas vezes o coração do outro está
falando muito mais que a boca.
Alguém
que se ache menos e se importe mais com quem está ao lado.
Alguém
que entenda que não é portador único dos problemas do mundo e que o outro
também precisa de um ombro, precisa desabafar e ser escutado.
Alguém
que não se ache dono da razão, dono das melhores atitudes e acuse o outro de
estar sempre errado.
Alguém
que não queira sempre ser escutado, mas que também perceba a necessidade do
outro e que nenhum tipo de relação é via de mão única.
Alguém
que faça uma conversa valer a pena não só falando, mas mostrando a nobreza de
saber escutar.
Alguém
que escute quando o outro apontar seus erros e fraquezas fazendo disso
aprendizado e não discórdia.
Alguém
que entenda que falar o tempo inteiro de si é cansativo e nem sempre tão interessante
quanto ele acha que é.
Alguém
que escute os sons encantadores do mundo e entenda de uma vez por todas que ele
não gira ao redor do seu próprio umbigo.
Procura-se!