Preso, criador do jogo de suicídio 'Baleia Azul' choca ao revelar por que criou o game: "Estava limpando o lixo da sociedade."



Nos últimos meses, notícias voltadas ao jogo ‘Baleia Azul’ causaram mobilização em escala mundial. Da revolta à comoção, o perverso game de suicídio mexeu drasticamente com a vida de muitas famílias e deixou um sinal de alerta na mente de pais e responsáveis por crianças e jovens.
O criador do jogo, o russo Philipp Budeikin, de 21 anos, foi identificado e preso pela polícia. Mas o que mais chama a atenção é sua motivação para ter criado o game cruel.
De acordo com as autoridades, o jovem admitiu ter incitado pelo menos 16 meninas a se matarem participando do jogo e demonstrou muita frieza ao justificar o porquê: “Elas estavam felizes. Eu estava dando a elas o que elas não tinham na vida real: calor, compreensão, conexões”. Para ele, suas vítimas desejavam a morte e o que ele deu a elas foi a coragem para tirarem suas próprias vidas.

Além disso, Budeikin afirmou que “existem pessoas e existem resíduos biológicos – aqueles que não representam nenhum valor para a sociedade, que causam ou só vão causar danos à sociedade. Eu estava limpando nossa sociedade dessas pessoas”. O russo confessou à polícia que há cinco anos já tinha a ideia do jogo e que “era necessário distinguir pessoas normais de lixo biológico”.
Outro fato curioso revelado pelas autoridades é que o rapaz, que está preso sob prisão preventiva em São Petersburgo, na Rússia, vem recebendo constantemente cartas de amor enviadas por jovens. “Provavelmente, as adolescentes que se apaixonaram por Philip Lis (outro nome pelo qual ele é conhecido) não estavam recebendo amor e atenção de seus pais, e esse jovem bonito da internet forneceu um certo apoio para elas e deu a atenção que precisavam”, comentou a psicóloga Veronica Matyushina.
Anton Breido, um alto funcionário do Comitê Investigador da Rússia - visto como um equivalente ao FBI - alertou: “Budeikin sabia exatamente o que tinha que fazer para obter o resultado que queria. (...) Ele começou em 2013 e desde então o que fez foi aperfeiçoar suas táticas. Sua tarefa era atrair tantas crianças e adolescentes quanto possível e depois descobrir quem seriam os mais afetados pela manipulação psicológica. (...) Digamos que de 20 mil pessoas, ele sabia que ‘seu público’ seria apenas de 20”.
De acordo com Breido, Budeikin sempre foi uma pessoa sozinha. Ele não tinha amigos na escola e estava constantemente em conflito com seus pais. “Assim, uma pessoa que nunca construiu qualquer ligação com alguém de repente sentiu que estava no comando de outras pessoas, vontades e vidas”, comentou. O investigador também comentou que penas mais duras devem ser aplicadas contra quem incita pessoas ao suicídio.
O ‘Blue Whale’ (nome original do ‘Baleia Azul’), envolve um ‘administrador’ fazendo uma espécie de lavagem cerebral em adolescentes mais vulneráveis durante 50 dias. Aos jogadores são passadas tarefas - o que inclui noites sem dormir - que vão se tornando mais perigosas a cada dia, até que no último final, o desafio proposto é o suicídio.
“A pessoa era colocada em transe e eu tomava as decisões [do que ela deveria fazer] de acordo com o que sabia da vida dela. (...) Em algum momento era necessário fazer a pessoa não dormir à noite. [Desta forma] sua psique se tornava mais suscetível à influência”, revelou o criador do jogo.
Verdadeiramente cruel! Pais, mães, responsáveis, fiquem sempre atentos com o que seus filhos estão fazendo pela internet e principalmente com quem eles vêm mantendo contato. Pessoas como Philipp Budeikin é o que não falta no ambiente virtual.