Parece
inacreditável, mas existe uma síndrome denominada “síndrome de dom-juanismo” ou compulsão por sedução. Caracterizada
como um transtorno baseado na ação compulsiva por sedução e no envolvimento
emocional, a síndrome determina o tempo (curto) de poucos relacionamentos e é
responsável por muitas feridas abertas da alma.
Lembram
de ‘Dom Juan de Marco’? Pois bem, a denominação da síndrome é baseada nas
atitudes do próprio protagonista. Logo no começo do filme, Dom Juan usa uma
frase que explica bem suas atitudes e o que o motiva a conquistar: “Toda mulher é um mistério a ser desvendado,
mas uma mulher nada esconde, de um amante verdadeiro”.
Atingindo
homens e mulheres, as pessoas que possuem essa síndrome possuem características
específicas de comportamento: são sedutoras ao extremo, gentis e têm como alvo
pessoas ‘difíceis’ ou ‘proibidas’ de serem alcançadas.
Apaixonantes,
deixam os outros encantados e, logo que percebem que conquistaram o que queriam
abandonam o barco. Para eles, não existe sentimentos, nem envolvimentos
emocionais. Há apenas uma busca, onde a conquista é a caça e o conquistador o
caçador. Para eles é tudo ou nada. O “não”
é visto como um desafio e quanto mais empecilhos tiver na história, melhor.
Imagino
que, a essa altura, você tenha listado os nomes dos seus antigos
relacionamentos atribuindo a eles todas as características dessa síndrome.
Calma! Não é porque a pessoa sumiu do mapa que ela possui a síndrome. As
pessoas perdem o interesse, o sentimento acaba, a paixão esfria e isso é
normal.
Na
verdade, não dá para entrar na neura de que só encontraremos pessoas assim. Se
assim fosse, viveríamos em uma ilha com poucas pessoas. Precisamos da
convivência, do afeto, do compartilhamento de ideias. Se o outro for uma pessoa
má e egoísta, o problema é dele. Se ele fizer mal a você, o problema é seu.
Ninguém
está livre de conhecer alguém assim. Na verdade, é bem provável que já tenhamos
conhecido alguns. Mas não dá para ficar lamentando o mau caráter dos outros. As
pessoas só nos machucam quando permitimos.
Não
se cegue diante dos fatos. Não confie em quem ainda não conquistou sua
confiança e não acredite em todos os elogios. É sempre bom lembrar que as
pessoas se revelam pelas atitudes e não pelo que falam.
Você
não precisa de galanteios para se sentir importante, nem de alguém para dizer o
quanto é especial. O seu valor vem de dentro e não da opinião alheia. Entenda
que estar com alguém deve ser uma opção e o que, realmente, importa é o que
você quer para sua vida e não o que estão te oferecendo.
Existem
mais pessoas boas do que más e elas fazem tudo valer a pena. Não desacredite no
amor por causa dos maus. Cure-se quando te machucarem, feche seus ciclos para
começar os novos e amadureça. A dor só terá importância, se você der esse poder
a ela.