O
relacionamento não está como você gostaria, não há diálogos, reciprocidade,
respeito e fidelidade. Ele não valoriza seus esforços e você não dá importância
às conquistas profissionais dele.
Você
fica horas para responder uma mensagem e, quando, responde faz por obrigação.
Se essa é a definição do seu atual relacionamento, sugiro que reveja seus
conceitos.
Essas
atitudes são, infelizmente, a realidade de muitos casais. As pessoas insistem
em viverem histórias que já chegaram ao fim apenas por medo da solidão e, isso,
é tão patético quanto preocupante. Estar só em um relacionamento é mais cruel
do que estar só de fato. Como dizia Caio Fernando Abreu: “a solidão é as vezes tão nítida como uma companhia”.
As
pessoas têm medo da solidão. Essa é a grande verdade. Sabe, de tudo o que te
ensinaram sobre o amor, o que mais você deve levar em consideração é a máxima “antes só do que mal acompanhado”.
Solidão nunca foi ruim, nunca é eterna e nunca traz malefícios. Pelo contrário,
é na solidão que descobrimos quem somos e o que queremos para a vida toda. É na
solidão que desvinculamos nossa felicidade à outra pessoa e assumimos o rumo
das nossas vidas.
De
que adianta estar acompanhado fisicamente, se a alma está vazia? De que adianta
o respeito se não é recíproco? De que adianta amar e não ser amado?
Quando
um relacionamento está desgastado, nada do que os dois fizerem será valorizado.
Você pode esforçar-se ao máximo, mudar a aparência, virar fitness, aprender a
gostar de música clássica, mas, se o outro não te amar, ele não irá valorizar
nada disso.
Aprenda
uma coisa: você sempre valerá pouco para quem não te merecer. Então, pare de se
importar com os valores vindos de fora. Antes de pedir fidelidade, você deve ser
fiel a você mesmo (e isso inclui não trair os próprios sonhos, nem negligenciar
a própria felicidade). Se você não gosta de rejeição, aprenda, primeiro a não
se rejeitar.
Às
vezes, demora mesmo para percebemos que aquela história não faz mais sentido. Demora
para aceitarmos que estamos amando por dois, que estamos traindo nossos
próprios princípios e que a nossa dedicação é em vão. Demora mesmo. Porque
fechar os olhos para a realidade é mais cômodo do que abrir e ter que tomar uma
atitude.
Demora
porque, muitas vezes, projetamos no outro uma perfeição que ele não possui e,
quando conseguimos enxergar a realidade tal qual ela é, ficamos frustrados e
não libertos. Machado de Assis tinha uma visão bem realista do sentimento: “o amor não é mais que um instrumento de
escolha; amar é eleger a criatura que há de ser a companheira na vida, não é
afiançar a perpétua felicidade de duas pessoas, porque essa pode esvair-se ou
corromper-se”.
Quando
ouvir um “estou cansado”, “não te amo mais” ou “melhor darmos um tempo”, não queira
explicações. Deixe ir. As pessoas nos dão sinais de que não valem nossos
sentimentos, nós que, muitas vezes, recusamos entender.
Não
alimente esperanças de mudança, não acredite no “foi uma única vez” e pare de acreditar em contos de fadas. Você
não precisa de alguém que te pergunte como foi seu dia. Você precisa de alguém
que faça ele melhor.
Via: Conti Outra