Custa
‘zero reais’ elogiar o corte de cabelo, dizer o quanto adorou aquela blusa
nova, o quanto gosta daquele alguém e como a companhia é agradável.
Temos
o prazer de conviver com pessoas incríveis, que partilham histórias
fantásticas, as quais admiramos tanto, mas elas quase nunca tomam conhecimento
dessas coisas boas que achamos delas.
Gostamos
da garra e da coragem do outro e adoramos o jeito que nos faz sorrir com as
suas piadas sem graça. Mas, por orgulho, ou por comodismo, não falamos,
deixamos passar as falas de saudade e os “eu
te amo” ficam enterrados em nossos corações.
Deixamos
passar o riso sincero, o amor bonito e achamos desnecessário dizer o quanto
aquele jeitinho único de ser do outro é importante e o quanto isso ou aquilo
faz a diferença no nosso dia a dia.
Não
elogiamos o bolo quentinho feito pela mãe, quando chegamos cansados do
trabalho, e o bilhete escrito com palavras que acalentam o nosso coração. Não
retribuímos, não falamos e acabamos por não dizer o quanto o outro ocupa uma
proporção significativa em nossas vidas.
Ignoramos
as mensagens, fazemos poses de durão e nos esquecemos de dizer o quanto aquele
sorriso é bonito, o quanto admiramos a dedicação nos estudos, no trabalho e o
quanto achamos uma gracinha quando aquele alguém fica sem graça.
As
pessoas insistem em agradar com presentes caros, caindo na cilada de acreditar
que coisas valiosas podem ser substituídas por preços abusivos que nos saltam
os olhos, mas não o coração.
Custa
zero reais dizer o quanto aquele vestido a deixa mais bonita e como ela fica
linda quando faz aquele coque no cabelo. Custa zero reais dizermos o quanto
aquela comida preparada com tanto carinho ficou deliciosa e o quanto gostamos
de ver um filme, no Netflix, na companhia desse alguém.
Desperdiçamos
o nosso tempo falando asneira, grosserias e oferecendo ao outro cada vez menos
o nosso tempo e cada vez mais as nossas desculpas falidas.
Custa
zero reais dizermos o quanto gostamos do abraço, do beijo, do cheiro que fica
na roupa, da risada, do sorriso, da covinha. Não custa nada dizer o quanto você
admira e o quanto sente falta, quando esse alguém não está com você. Dizer como
o outro fica lindo quando usa óculos e como você adora a forma como ele fala
sobre a vida, sobre as coisas, sobre o amor.
Não
se limite a dizer o quanto gosta de alguém, o quanto sua companhia, seu jeito e
seu toque lhe fazem bem. Não se furte de elogiar o bolo quentinho, a comida
diária e aquele beijo de bom dia antes de sair para o trabalho. Não custa nada
dizer coisas bonitas, o que custa caro é o arrependimento daquilo que não
dizemos por orgulho, por comodismo, por medo ou pela falta de coragem.
Via: Resiliência Mag