O
que seríamos nós sem as nossas mães?! De um modo geral, todos sentimos uma
grande admiração, respeito e amor pela mulher que nos deu vida. Em homenagem a
todas as progenitoras guerreiras no mundo, hoje queríamos dedicar uma reflexão
fabulosa que está comovendo milhares de pessoas por todo o mundo.
Estas
palavras são inspiradoras e reconfortantes para todas aquelas mães que têm
crianças pequenas agora. Elas falam dessa ligação maravilhosa entre uma mulher
e seus filhos, mas também sobre a evolução dessa relação com o passar do tempo.
É impossível não se emocionar...
“O tempo, pouco a pouco, me
liberará da fadiga de ter filhos pequenos, das noites sem dormir e dos dias sem
repouso. Das gordinhas mãos que não param de me agarrar, que me escalam as
costas, que me pegam, que me buscam sem cuidados, nem hesitações. Do peso que
enche meus braços e curva minhas costas. Das vezes que me chamam e não permitem
atrasos nem demoras.
O tempo me devolverá a folga aos
domingos e as chamadas sem interrupções, o privilégio e o medo da solidão.
Acelerará, talvez, o peso da responsabilidade que às vezes me aperta o coração.
O tempo, certamente e inevitavelmente esfriará outra vez minha cama, que agora
está aquecida de corpos pequenos e respirações rápidas. Esvaziará os olhos de meus
filhos, que agora transbordam com um amor poderoso e incontrolável.
Tirará de seus lábios meu nome
gritado e cantado, chorado e pronunciado cem mil vezes ao dia. Cancelará, pouco
a pouco ou de repente, a confiança absoluta que nos faz um corpo único, com o
mesmo cheiro, acostumados a unir nossos estados de ânimo, o espaço, o ar que
respiramos.
Como um rio que escava seu leito,
o tempo levará a confiança que seus olhos têm em mim, como ser capaz de parar o
vento e acalmar o mar, consertar o inconsertável e curar o incurável. Deixarão
de me pedir ajuda, porque já não acreditarão mais que em algum caso eu possa
salvá-los. Pararão de me imitar, porque não irão desejar se parecer comigo.
Deixarão de preferir minha companhia em comparação com os demais.
Se esfumaçarão as paixões, as
birras e os ciúmes, o amor e o medo. Se apagarão os ecos das risadas e das
canções, dos cochilos e dos ‘era uma vez...’. Com o passar do tempo, meus
filhos descobrirão que tenho muitos defeitos, e, se eu tiver sorte, me
perdoarão por alguns deles.
Eles esquecerão, mas ainda assim
eu não esquecerei. As cosquinhas e os ‘corre-corre’, os beijos nos olhos e os
choros que de repente param com um abraço, as viagens e as brincadeiras, as
caminhadas e a febre alta, as festas, as comidinhas, as carícias enquanto
adormeciam lentamente.
Meus filhos esquecerão que os
amamentei, que os balancei durante horas, que os levei nos braços e às vezes
pelas mãos. Que dei de comer e consolei, que os levantei depois de cem caídas.
Esquecerão que dormiram sobre meu peito de dia e de noite, que houve um dia que
me necessitaram tanto como o ar que respiram.
Esquecerão, porque é assim mesmo,
porque isto é o que o tempo escolhe. E eu terei de aprender a lembrar de tudo
para eles, com ternura e sem arrependimentos, incondicionalmente. E que o
tempo, astuto e indiferente, seja amável com estes pais que não querem
esquecer”.
Sem
dúvida, um texto que diz tudo sobre a relação entre pais e filhos!
Via: Histórias com Valor