Na
maioria das vezes, perdoar é um bem que fazemos a nós mesmos. Paramos de nos
punir por algo de mau que fizeram contra nós. Paramos de permitir que as
atitudes destrutivas de terceiros continuem definindo as nossas escolhas,
continuem interferindo no nosso olhar sobre o mundo. Perdoar, na maioria das
vezes, é cuspir o veneno que puseram em nosso copo, é se recusar a engolir algo
negativo que não vem de nós. Perdoar é dar uma chance para si mesmo. Uma chance
para sorrir mais, para se sentir mais leve, mais em paz.
Sim,
nem sempre perdoar significa querer conviver com quem nos feriu diretamente ou
indiretamente, sem querer ou com real intenção de nos machucar. Perdoar é parar
de alimentar o ressentimento contra quem nos magoou. É entender que a vida
segue em frente, que precisamos deixar para trás histórias tristes, para que
possamos escrever outras mais alegres.
Cada
um tem um tempo para perdoar. Algumas pessoas demoram mais. Não vejo problemas
nisso. Inclusive, não vejo grandes problemas em não perdoar. Sim, tem coisas
que não conseguimos aceitar. Vai se fazer o que? Perdão que vale a pena é
perdão sincero, de coração, mesmo que custe um pouco para chegar. Muitas vezes,
após perdoar uma grande ofensa ou perdoar uma atitude que gerou consequências
graves para a nossa vida, desejamos voltar a conviver com quem nos feriu. Em
outras vezes não. Simplesmente perdoamos, simplesmente deixamos de dispensar
maus sentimentos a quem nos ofendeu e prejudicou, mas não sentimos mais vontade
de bater longos papos, sair junto, falar sobre a nossa vida e sentimentos.
Muitas vezes, a gente deseja realmente o bem do outro, mas preferimos ficar
longe pois a presença da pessoa aciona teclas tristes, dolorosas. O encanto
quebra.
Perdoar
não é esquecer. Vou mais longe: nem sempre perdoar é compreender e concordar.
Sim, muitas vezes perdoamos o outro, mas continuamos sem concordar com as suas
atitudes. Continuamos sem compreender exatamente as suas motivações.
Na
maioria das vezes, perdoar é um bem que fazemos a nós mesmos. Paramos de nos punir
por algo de mau que fizeram contra nós. Paramos de permitir que as atitudes
destrutivas de terceiros continuem definindo as nossas escolhas, continuem
interferindo no nosso olhar sobre o mundo. Perdoar, na maioria das vezes, é
cuspir o veneno que puseram em nosso copo, é se recusar a engolir algo negativo
que não vem de nós. Perdoar é dar uma chance para si mesmo. Uma chance para
sorrir mais, para se sentir mais leve, mais em paz.
Obviamente,
que quando o perdão vem junto com a vontade de reatar a amizade ou parceria
afetiva de forma plena é maravilhoso. É quase um ressurgimento das cinzas. É
umas das melhores experiências da vida. Mas nem sempre é possível. E não
devemos nos obrigar a conviver com quem não queremos mais perto de nós, pois
amor e amizade não se força.
Via: Obvious