Não
basta o telefone cair na caixa postal três vezes ao dia, a mensagem ser
visualizada não respondida e o “nós
combinamos alguma coisa qualquer dia desses”. Há pessoas que simplesmente
ignoram os sinais mais explícitos de rejeição.
Todos
já escutamos as mais diversas desculpas para justificar um término de
relacionamento. São desculpas tão criativas que quase parecem verdades: “ainda não estou preparado”, “estamos nos conhecendo”, “vamos ser amigos” e a melhor de todas, “o problema não é você, sou eu”.
Acredito
que essas desculpas poderiam até ser evitadas caso as pessoas entendessem os
sinais de rejeição, antes do ato propriamente feito. É comprovado que a paixão
cega e, talvez por esse motivo, muitos não percebem quando o outro não quer
nada sério com elas. Pior: mesmo com todos os sinais escancarados de rejeição,
acreditam que, a qualquer momento, o outro irá perceber que eles se completam e
se amam.
Nunca
foi você, nem algo que você falou ou fez, a história não fluiu porque um dos
dois não estava disposto a amar. É preciso entender que, a não ser que a pessoa
sofra de um pavor psicológico de relacionamentos, devido a traumas de
relacionamentos anteriores, as desculpas servem para uma coisa: deixar
explícito que o outro não está a fim de você e, não importa o quanto você
esteja inteiro, quando um dos dois não quer, não há história. Simples assim.
Nem
todo relacionamento tem o final que esperávamos e isso não quer dizer que não é
um final feliz. Muitas vezes, perder o que amamos é uma baita sorte. Insistir
em dizer eu te amo para quem não quer ouvir é loucura. Uma loucura cansativa
que, um dia, fará você sentir vergonha de ter cometido. Não espere esgotar
todas as possibilidades para ver o óbvio. Entender que não precisamos passar
por certas situações é criar uma autodefesa para a alma.
Shakespeare
dizia que “as paixões ensinaram a razão
aos homens” e eu concordo em gênero, número e grau. Essa história de sempre
ouvir o coração, nem sempre dá certo. Há um bom motivo para ele estar
localizado abaixo (e longe) do cérebro.