Moça,
sei que é complicado ser otimista em meio a tantas decepções, entendo que
estamos vivendo tempos difíceis onde ganha quem demonstra menos interesse, mas
te peço que não desista do amor. Mesmo que tenham transformado ele num jogo
para profissionais, deixando reles amadores como nós de fora. Insisto que não
desista, de repente é lá fora que você vai encontrar o que está a procurar, mas
é preciso ter coragem, disposição e sair da caverna para explorar o mundo,
principalmente o seu.
Moça,
independente do que aconteça, nunca se esqueça que você nasceu para ser feliz e
que você merece isso. Quando as coisas não estiverem muito bem e algo te fazer
perder o chão, permita-se cair, sentir a dor e chorar tudo o que você tem guardado.
É preciso esvaziar o estoque e colocar para fora o que está fazendo mal para
quando surgir outra diversidade estarmos preparados para suportar o tombo,
sentir a dor e levantar, ainda que as lágrimas ainda caiam.
Moça,
siga sempre em frente, mas não se esqueça que, às vezes, é necessário fazer
algumas paradas ao longo da caminhada, olhar para os lados e para trás para não
se perder e saber para onde está indo. Lembre-se que aquele destino que muitos
buscam chamado felicidade, se encontra no caminho e não lá no final, distante
de você. Saiba prestar atenção nas nuances da vida, nas coisas simples e
desinteressadas que aparecem por acaso, geralmente são as que mais valem a
pena.
Ei
moça, preste atenção, olhe em sua volta. Repare quem enxerga você. Quem lhe dá
ouvidos e lhe estende a mão. Perceba nas piadas ruins que ele te conta, só
porque sabe que são as que você mais gosta. E, moça, ele faz isso só pra te
fazer sorrir, porque não abre mão de ser o motivo do seu riso frouxo e
despojado, que ele acha tão lindo e espontâneo, como você é! Ele tem um jeito
estranho, meio esquisito, incomum, porque ele é único. Ele é o seu número.
Moça, um passarinho me contou e pediu pra te dizer, aquele moço, o seu melhor
amigo, gosta muito de você...