É
covardia dizer palavras bonitas e depois agir feito criança que não sabe o que
quer e o que diz. É covardia dizer que pretende ficar quando, na verdade, irá
partir a qualquer momento.
Quantas
histórias já ouvi de enganos e daquela dor terrível de recomeçar. Quantos
corações partidos que deixam de acreditar no amor e, quando alguém aparece, já
é descartado, com medo de doer novamente.
É
covardia conquistar, ser gentil, só para inflar o ego e parecer o Don Juan. Ter
prazer em saber que alguém “morre” de
amores pela gente é dessas coisas bizarras da vida que eu nunca vou entender.
Não
entendo o gosto de “pisar” o outro,
dos joguinhos e de fazer promessas, quando as atitudes demonstram o contrário.
Quando o príncipe vai logo virando sapo.
Covardia
é quem chega de mansinho, vai logo ocupando um espaço em nosso coração, doma os
nossos medos e, todas as vezes em que pensamos em dar um passo para trás, esse
alguém segura a nossa mão e nos faz darmos um passo à frente. Então, esse
alguém vai embora, sem ao menos dizer adeus, sem ao menos dizer o porquê do
sumiço.
Covardia
é despertar sentimentos, oferecer abraços, filmes no sábado à noite, no
Netflix, quando, na verdade, irá inventar uma desculpa qualquer para nos deixar
em casa sozinhos, pensando no que fizemos de errado.
Enquanto
o outro curte a vida, você tenta entender onde falhou; enquanto o outro
descobre outros risos, outros beijos, outros enganos, você se acha problema.
Bonito
mesmo é quem fica, até quando não merecemos; quem entende as nossas pausas e os
nossos medos; quem sabe dos nossos segredos e, mesmo assim, decide não partir.
Bonito
é quem não promete, mas prova, todos os dias, o quanto gosta da nossa
companhia. Quem não mente, não engana e não se alegra com a dor do outro.
Bonito
é quem desperta o amor e fica, quem conquista e cultiva, quem não apenas planta,
mas também rega, cuida, protege, como quem deseja não perder aquilo que
cativou.
Via: Conti Outra