As desculpas que nunca são ditas.



As palavrinhas mágicas que aprendemos quando pequenos parece que vão caindo no esquecimento depois que crescemos. O “bom dia”, “obrigado” e “por favor” agora dependem do nosso humor. A “desculpa” já não é mais dita quando erramos. Tudo se tornou muito relativo.
Deixamos para ser gentil com o outro apenas se ele for conosco, e o pedido de desculpa precisa passar por um processo burocrático imenso para ser feito. Tudo depende se foi o outro que provocou o seu erro, se foi um mal-entendido, se você não quer dar o braço a torcer ou se você espera que passem a mão na sua cabeça.

“Desculpa” se tornou uma palavra difícil de ser dita, dolorosa, pesada! Assim como nossas relações. Tudo é um eterno perde ou ganha, e assim perdemos coisas que podiam ser maravilhosas.
Perdemos amigos por desentendimentos bobos, por não querer ser aquele que vai correr atrás, por achar que estava com razão, por culpar o outro por um erro. Mas todo mundo erra, inclusive você.
Deixamos relações esfriarem e entalamos sentimentos. Estamos sempre engasgados!
Tudo por não conseguir balbuciar: desculpa. Por não se dispor a esclarecer as coisas, por deixar sempre na mão do outro. É todo mundo deixando na mão de alguém e ninguém pegando pra si a responsabilidade.
Fica tudo subentendido e nada resolvido. Existem assuntos que não podem ser comentados, se forem sentimentos então, é quase como um acordo coletivo inconsciente que não se deve falar sobre.
Mas se você errou, se algo foi mal interpretado ou mesmo se a culpa não foi sua, diga: desculpa, não queria que as coisas tomassem esse rumo. Dê abertura para o diálogo, desarme o outro e deixe que as coisas sejam mais leves.
Às vezes, isso pode parecer muito difícil, mas garanto que depois tudo fica mais fácil. Lembra que quando éramos crianças chamávamos essa palavrinha de mágica? É porque ela realmente é e tem o poder de resolver muita coisa. Não se esqueça disso...