A
gente não é como os outros casais e é isso que nos difere! A gente não força
nada. Vez em quando a gente se estranha, para de se falar, se alfineta, mas
nada muito além. O que nos prende de verdade não nos abala por tão pouco. A
gente tem o dom de se entender até mesmo quando estamos em silêncio, isso é
incrível por sinal. O ciúme é daqueles sadio, sabe? Um meio palmo de bico, um “vai ficar com suas amiguinhas” pra lá.
Um “tá cheio de papo aí e não é comigo”
pra cá. Mas no fim a gente tá rindo e se dando conta do quanto a gente é idiota
por gostar tanto um do outro.
Isso
é o que nos eleva, nos prende, nos faz ser tão intensos a ponto de não soltar
as mãos pra seguir sozinhos. A gente se envolve, parte pro tudo ou nada. Se
acanha, se xinga, ri um do outro. A gente se complementa de um jeito tão nosso.
A cama tá sempre bagunçada, o sorriso tá sempre estampado no rosto.
A
gente não é perfeito, a gente dá uns vacilos de vez em quando. A gente se
estranha, se assanha, mas se compromete. Há quem diga que nascemos um pro outro
e nos completamos feito arroz com feijão, sabe? Meio exagerado e clichê. A
gente não segue regras, não impõe limites, não obriga o outro a conviver com o
que não gosta. A gente não espera ser, a gente é. E é isso que me faz querer
ficar. A gente não apressa nada, não reforça status e não dá brecha pra quem
quer ver a gente desandar. A gente vai vivendo de amor enquanto o depois
acontece cheio de memórias da gente.
Rogério
Oliveira