Passei
a vida toda ouvindo frases como “não
trate como plano A quem te trata como plano B”, “não gaste sentimento se não houver reciprocidade”, “vá com calma nos relacionamentos” ou
minha favorita no combo de conselhos-de-merda: “não demonstre o quanto você realmente gosta de alguém, ele vai usar
isso contra você”.
Vou
te contar um segredo: não existe nada mais aliviante do que encostar a cabeça
no travesseiro de consciência limpa por ter dito e demonstrado tudo que sentiu
ao longo do dia. Vai lá e demonstra sim! Diz o que sente; descarrega o peso do
ombro e do coração. Saiba que você fez seu melhor. Aliás, se faça melhor ao ser
sincero consigo mesmo e ser capaz de arriscar, de sentir, de dizer verdades
nesse mundo onde parece feio ou errado amar sem a condição da reciprocidade.
Sentir
algo depende pura e exclusivamente de você, e sempre foi problema da outra
parte como lidar com esse sentimento. CLARO que quando existe reciprocidade, é
tudo muito mais simples, bonito e sincronizado. Mas quando não existe, tampouco
quer dizer que seja errado sentir assim mesmo. Obviamente, o tempo e a
distância vão tratando de fazer esse sentimento morrer, quando não nutrido (o
que acontece quando os amores não são correspondidos), e isso faz parte natural
de um ciclo, se chama viver. Todo mundo passa por isso.
Quer
outro exemplo? Morte de pessoas queridas: tem coisa mais chata que passar uma
vida se lamentando por coisas que não disse, não fez, não demonstrou? Então!
Depois que a pessoa morre, não dá pra voltar atrás. Abrace, beije, telefone,
marque um café. Faça hoje, faça enquanto dá tempo de fazer.
Todos
nós seremos machucados ou não correspondidos algumas vezes na vida. A
frustração sempre foi parte de um processo de crescimento. E sentimento nunca
foi algo escrito em pedra: ele se transforma continuamente, podendo por exemplo
fazer amor virar admiração, amizade, carinho e/ou apenas saudade. O caminho da
vida sempre será sinuoso, trazendo surpresas e sentimentos novos, transformando
todas as suas até então chamadas “verdades”
e provando que na verdade, você não sabe quase nada sobre sentir.
O
importante mesmo é que você sinta. Absorva essa energia e demonstre sempre, sem
se importar com o que os outros vão pensar de você.
Apenas
atreva-se. Isso sim pode ser liberdade.