Muito
provavelmente você já viveu um desses. Se não viveu meu amigo, minha amiga,
sorte a sua.
O
que é um amor “meia boca”?
É
moleza identificar.
Começamos
pelo fato de que o amor “meia boca” é
mesquinho. Avarento, ele poupa tudo.
Poupa atenção, poupa carinho, poupa palavras, poupa presença, poupa até
emoticons.
É
um amor de promessas, de futuro, mas nunca de presente. Aliás, sua presença é
algo raro, principalmente quando você mais precisa de um colo. A pessoa do
relacionamento “meia boca” é aquela
que vai estar com você apenas quando é conveniente pra ela.
E
muitas vezes é o relacionamento unilateral, onde geralmente só um abastece. Só
um se doa. Deve ser por isso que chamamos de “meia boca”.
E
pra ser “meia boca” a pessoa em
questão deve ter algumas características que refletirão no relacionamento,
causando a estranha sensação de que tudo está bom e ruim ao mesmo tempo.
Ela
pode ser aquela pessoa que vai te enrolar e sempre terá álibis e desculpas. Vai
contar mentiras e não raro fazendo isso olhando nos teus olhos.
É
aquele exigente com você, mas desleixado consigo mesmo.
É
aquele que fala mais do que faz.
Essa
pessoa no fundo está fazendo de tudo pra você não gostar dela, mas lhe
apresentará uma capa bonita ou necessitada demais, sofrida demais pra você não
se dar conta.
Pode
fazer com que você invoque sua bondade, afeto, empatia e simpatia e quando você
vê estará lá, tentando desvendar o mistério de estar com alguém que
definitivamente não é nada daquilo que você sonhou um dia.
O
amor “meia boca” pode até arrepiar
sua nuca, mas nunca chegará a arrepiar sua alma. Porque o amor “meia boca” é raso. Não sabe se fazer
eterno, não sabe ficar. E também não faz muita questão. Já que é o retrato da
displicência. Do “tanto faz”. Apenas
quando precisa de você. Aí o amor “meia
boca” vai te procurar. E vai te contar todas as histórias tristes pra te
convencer.
O
relacionamento “meia boca” é vítima
de um analfabetismo emocional constante. E você, por mais que tente ensinar e
mostrar, conversar e ajudar, nunca conseguirá. É inútil tentar. Aliás, dialogar
e trocar ideias é algo geralmente escasso nesses relacionamentos.
Mas
se você insistir em tentar, será um eterno combate, entre você lutando
bravamente pra ter algo que parece nunca chegar.
Aprendi
que ele terá um gosto estranho. Começará doce, mas curiosamente continuará a
seguir beirando entre o amargo e o adstringente. Eu comparo a beber água
tônica: o primeiro contato é agradável e até docinho, mas no final quem vence é
o amargo. Este é o inusitado sabor de um amor “meia boca”. É aquela
sensação de que você esperava degustar um brigadeiro, mas no final comeu um caqui
verde.
Eu
sei que se você um dia entrou nessa, provavelmente foi na melhor das intenções,
mas o que aprendi foi que um amor “meia
boca”, definitivamente, não é um amor de verdade. Pode ser apego, carência,
doença, karma.
Mas
amor? Ah meu amigo... O amor é OUTRA coisa.
Via: O Segredo