O
que esta declaração significa para a nossa sociedade.
O
apresentador brasileiro de televisão José Luiz Datena fez um desabafo ao vivo,
dia 17/11/16, ao afirmar em seu programa, no canal Band, que foi um “péssimo pai” para os seus cinco filhos:
por causa do excessivo foco no trabalho, ele considera que foi “ausente e relapso”.
“Eu fui um péssimo pai por força
da profissão, porque tive que viajar a vida inteira, ganhava muito mal. Tive
que viajar e ficava mais tempo fora do que dentro de casa. Então, eu fui muito
relapso na educação dos meus filhos. Se eu não ajudasse na educação deles, eu
estava completamente perdido”.
O
apresentador considerou, por outro lado, que hoje é bem mais presente na vida
da família:
“A gente aprende muito com os
erros dos filhos, que são nada mais do que a projeção dos (próprios) erros, dos
seus ensinamentos. Agora eu aprendi muito com isso. Hoje eu me considero um pai
muito legal”.
A
autocrítica de Datena veio logo após uma reportagem sobre o assassinato de um
jovem de 20 anos pelo próprio pai, em Goiânia.
José
Luiz Datena é tido como polêmico devido a opiniões fortes sobre assuntos
espinhosos ligados à criminalidade e ao tratamento dos criminosos pela lei
brasileira. Com suas declarações, ele exerce uma influência bastante
considerável na visão de mundo de milhões de telespectadores no país, em
especial nas assim chamadas classes sociais médio-baixas.
O
relevante deste episódio é precisamente isto: que uma personalidade midiática
tenha levantado a importância da autocrítica por parte de pais e mães na
sociedade atual, sempre às voltas com um turbilhão de afazeres e, portanto,
correndo o permanente risco de descuidar, ainda que sem querer, a convivência,
a amizade e a proximidade com a própria família, em especial com o cônjuge e
com os filhos.
É
oportuno e urgente, de fato, revisarmos as nossas prioridades e fazermos os
ajustes necessários para cuidar de quem realmente importa na vida.
Via: Aleteia