Vivemos
tempos de violência e agressividades, no Brasil e no mundo, como nunca antes
visto. O desrespeito ao outro, o não aceitar erros e nem opiniões alheais, a
intolerância e o desequilíbrio emocional destroem as relações humanas como um
furacão devastador, de norte a sul, de oriente a ocidente. Vamos deixando-se
dominar pela loucura que grassa nas relações humanas, tornando este
comportamento como hábito, motivado pelo instinto de defesa ou pela desculpa
crível do “bateu-levou”. Somos
adultos de corpo e alma mas agimos como crianças psicológicas. Roubou o meu
doce eu choro e esperneio, bato o pé e bato na cara se me for permitido. Esta
forma de agir demonstra o mundo íntimo de cada criatura em desequilíbrio
provocando graves conflitos existenciais, desequilíbrios orgânicos e uma
tremenda infelicidade.
Precisamos
tomar consciência que, todo e qualquer fator externo, evento ou pessoa que me
tire do sério, desequilibre a minha emoção, é porque preciso urgentemente
operar uma grande mudança de valor íntimo e corrigir algo que está errado
comigo. Ninguém nem nada, pode ter o poder de nos desequilibrar, de tirar-nos
de nosso eixo. Ficar chateado e até magoado por um fato ou relação de outrem é
perfeitamente natural, pois que a emoção brota do nosso inconsciente, fazendo a
gente sofrer para mudar algo em nosso comportamento. O problema se dá quando
após sentir a emoção perturbadora, ficamos ruminando pensamentos doentios,
sentimentos de raiva, ressentimento e vingança, o que quase sempre nos leva a
agressão e ao desequilíbrio íntimo, isto no mínimo.
Façamos
uma reflexão profunda quando formos acometidos por uma emoção perturbadora, do
tipo: “Porque isso que ele (a) disse, ou
aquele fato me deixou tão triste, com raiva, com vontade de agredir?” É
imprescindível responder a estas questões emocionais em aberto para operarmos
uma mudança em nossa vida, em nossa sociedade. Só o exame de consciência pela
dúvida quando somos acometidos por emoções em desalinho podem nos devolver a nossa
paz e equilíbrio emocional.
Podemos
e devemos agir com responsabilidade sendo por vezes severos, mas sem rispidez
ou assédio moral. Consciência de si mesmo e de suas ações denotam certeza de
convicções fortalecedoras que nos levam a ter muito mais disciplina sobre
nossos atos e palavras. Devemos ser agentes propagadores da paz, da educação,
do debate das ideias, dos ideais enobrecedores, nunca nos permitindo a
rispidez, a violência ou agressividade. Qualquer de nossos atos, deve ser
balizado pelos nossos valores de paz, para minha vida e para a vida dos que me
envolvem.
Muitas
vezes caluniado, em extremo sofrimento e grandes desafios existenciais somos
jogados por nossa mente no fosso da tristeza e reagimos com violência contra
nós próprios e contra os outros. Nestes momentos duríssimos da vida, é
imprescindível cultivarmos a nossa paz interior, para mais tarde colher os
frutos do equilíbrio e do bem-estar quando os problemas, um a um, forem sendo
resolvidos. Não tem mal que dure para sempre e o que parece ser sem solução já
está solucionado. O desequilíbrio é apenas mais um e grande problema criado
pela nossa mente para não resolvermos o que precisamos resolver.
Paz
é irrestrita confiança em si mesmo, na vida, em Deus, em que tudo dará certo e
se encaminhará para o bem, independente do resultado.
Mantendo
nosso equilíbrio e serenidade, fugimos da loucura geral que assola a sociedade,
deixamos de participar da confraria dos loucos e dos desequilibrados e nos
tornamos pontos de luz, faróis humanos, que serão vistos ao longe, por muitos,
sendo referência de comportamento, de bem-estar, de viver mais feliz.
Lembre-se,
“A tua paz fala pela tua vida, tanto
quanto a tua vida se refletirá em volta, conforme a tua conduta em conflito ou
em paz”.