A vida que vale a pena ser vivida exige de nós uma coragem descomunal! Uma energia incrível!



Sim, uma vida que vale a pena ser vivida deve ser saboreada com apetite, com ideais, com senso de prazer e liberdade. Uma das coisas mais tristes é descobrir na maturidade que abortamos cada um de nossos sonhos sem ao menos tentar realiza-los.
Que deixamos de aproveitar bons momentos com a família e amigos por excesso de trabalho. Que deixamos de fazer o trabalho a qual fomos vocacionados. Que deixamos o amor passar por medo de receber um não, por medo de sofrer.
Você tem fome de quê? Sempre lembro da célebre música de Arnaldo Antunes quando penso nos nossos mais variados apetites. O que nos apetece? O que nos faz acordar de manhã? O que nos faz explodir numa risada louca no meio do metrô?

O que nos faz perder a noção da hora, mandar tudo às favas, o que nos faz sentir que de alguma forma misteriosa e vaga a vida tem seus encantos e vale a pena?
O que nos faz acreditar, que apesar dos pesares, que apesar das loucuras alheias e das nossas próprias loucuras (as que nos fazem sofrer mais) a vida nos reservou algum quinhão de alegria e distinção no mundo?
Não importa o que move cada um. Não importa o que acende o pavio da alma de cada pessoa que circula por aí, cheia de expectativas, frustrações e desejos. Não importa qual encanto cada pessoa tenha e o que e quem torna possível o brilho pessoal de cada um vir à tona, ressignificando tudo ao redor.
Não importa se as pessoas encontram inspiração nas artes, no trabalho, na maternidade/paternidade, no amor, numa habilidade exercida apenas nos finais de semana. Não importa o que você ama apaixonadamente.
Não importa se é uma pessoa, um trabalho, uma ideia. O importante é descobrir o próprio apetite, deixar a alma salivar, acender o pavio da alma e iluminar o próprio caminho e por que não o das pessoas próximas e queridas?
Sem apetite por nada a vida vira sopa rala, comida sem sal. Não tem graça. Até dá para suportá-la. Mas como disse uma grande amiga, não devemos nos contentar em aguentar a vida. Devemos vivê-la da melhor forma possível.
Sim, a vida que vale a pena ser vivida exige de nós uma coragem descomunal. Uma energia incrível. Mas comumente, para obtermos o melhor, precisamos nos arriscar ao pior. É a lei da vida.

Via: O Segredo