Um
viajante caminhava pelas margens de um grande lago de águas cristalinas e
imaginava uma forma de chegar até o outro lado, onde era seu destino.
Suspirou
profundamente, enquanto tentava fixar o olhar no horizonte... A voz de um homem
de cabelos brancos quebrou o silêncio momentâneo, oferecendo-se para transportá-lo.
Era um barqueiro.
O
pequeno barco envelhecido, no qual a travessia seria realizada, era provido de
dois remos de madeira de carvalho. O viajante olhou detidamente e percebeu o
que pareciam ser letras em cada remo. Ao colocar os pés empoeirados dentro do
barco, observou que eram mesmo duas palavras. Num dos remos estava entalhada a
palavra “acreditar” e no outro “agir”.
Não
podendo conter a curiosidade, perguntou a razão daqueles nomes originais dados
aos remos.
O
barqueiro pegou o remo, no qual estava escrito acreditar, e remou com toda
força. O barco, então, começou a dar voltas sem sair do lugar em que estava. Em
seguida, pegou o remo em que estava escrito agir e remou com todo vigor. Novamente
o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante.
Finalmente,
o velho barqueiro, segurando os dois remos, movimentou-os ao mesmo tempo e o
barco, impulsionado por ambos os lados, navegou através das águas do lago, chegando
calmamente à outra margem.
Então
o barqueiro disse ao viajante:
– Este barco pode ser chamado de
autoconfiança. E a margem é a meta que desejamos atingir.
– Para que o barco da
autoconfiança navegue seguro e alcance a meta pretendida, é preciso que
utilizemos os dois remos ao mesmo tempo e com a mesma intensidade: agir e
acreditar.
Não
basta apenas acreditar, senão, o barco ficará rodando em círculos, é preciso
também agir para movimentá-lo na direção que nos levará a alcançar a nossa
meta.
Agir
e acreditar. Impulsionar os remos com força e com vontade, superando as ondas e
os vendavais e não esquecer que, por vezes, é preciso remar contra a maré.
Gandhi
tinha uma meta: libertar seu povo do domínio inglês. Tinha também uma
estratégia: a não violência. Sua autoconfiança foi tanta, que atingiu a sua
meta sem derramamento de sangue. Ele não só acreditou que era possível, mas,
também agiu com segurança.
Madre
Teresa também tinha uma meta: socorrer os pobres abandonados de Calcutá.
Acreditou, agiu, e superou a meta inicial, socorrendo pobres do mundo inteiro.
Albert
Schweitzer traçou sua meta e chegou lá. Deixou sua imensa popularidade e o
conforto da cidade grande e se embrenhou na selva da África para atender os
nativos, no mais completo anonimato.
Como
estes, teríamos outros tantos exemplos de homens e mulheres que não só
acreditaram, mas que tornaram realidade seus planos de felicidade e redenção
particular.
E
você? Está remando com firmeza para atingir a meta a que se propôs?
Se
o barco da sua autoconfiança está parado no meio do caminho ou andando em
círculos, é hora de tomar uma decisão e impulsioná-lo com força e com vontade.
Lembre-se
que só você poderá acioná-lo utilizando-se dos dois remos: agir e acreditar.
“As grandes obras da humanidade
são executadas, não pela força, mas pela perseverança”.