Quando
você faz 30 anos, não dá mais para fingir. É impossível trabalhar em um lugar
que você odeia, é impossível namorar quem você não ama e é impossível não
cuidar bem do seu corpo. Depois dos 30, você está mais sintonizado com o seu
corpo, seu coração e sua alma.
Algumas
mudanças são difíceis... seu corpo começa a rejeitar algumas coisas como
excesso de café ou ficar bêbado e acordado a noite inteira. Seu coração começa
a se interessar menos por explorar livremente por aí e mais por intensificar
algo com quem você realmente gosta.
Sua
essência está mais conectada com os seus verdadeiros desejos. Aos 30, você para
de enganar tanto as pessoas. E, consequentemente, você também para de se
enganar. Aos 30, você começa a perceber quem é e o que quer. Aos 30, você está
confiante sobre as suas qualidades, mas também conhece seus pontos fracos. Aos
30, você substitui desculpas esfarrapadas por verdades. Aos 30, uma ressaca não
é mais uma leve dor de cabeça no domingo de manhã... É tipo o pior dia da sua
vida.
Quando
eu fiz 30 anos, eu resisti à muitas dessas mudanças. Eu chorei quando o médico
me mandou tomar menos café e mais Omeprazol. Eu fiquei indignado quando fiquei
bêbado com duas cervejas e ainda me senti morto no dia seguinte. Senti que
tinha algo errado comigo por não querer aproveitar a noite de sexta.
Quase
3 anos depois, eu estou apaixonado pelos meus 30 e poucos anos.
Eu
faço o que eu quiser das minhas noites de sexta. Geralmente, eu leio um livro
ou assisto Netflix. Coloco um moletom assim que chego em casa, e me deito por
volta das 9. Se eu saio, faço coisas como ir em uma aula de yoga noturna.
Quando eu tinha 24, você jamais me encontraria em um estúdio de yoga em plena
sexta-feira. A não ser que estivesse rolando uma festinha hipster no estúdio...
Claro
que ainda tomo uma ou outra taça de vinho, mas minha semana não gira mais em
torno de beber. Quando me perguntam se eu quero fazer alguma coisa, eu já
imagino um programa ao ar livre ou uma viagem para algum lugar legal, e não
necessariamente beber.
Eu
achava que gente que acorda cedo vinha de outro planeta. Lembro que uma vez,
durante a faculdade, cheguei na casa dos meus pais com um amigo lá pelas 5 da
manhã, depois de uma balada. Cheguei tropeçando em mim mesmo, de tão bêbado, e
dei de cara com o meu pai. Ele já estava acordado e amarrando o tênis, pronto
para correr. Ainda não cheguei nesse nível de acordar às 5 da manhã, acho que é
um hábito que começa lá pelos 50. Mas meus dias favoritos são os que eu estou
na rua logo de manhã, respirando ar puro e me exercitando.
Aos
20, você quer ser amigo de todo mundo. Tudo gira em torno de conhecer gente
nova para sair. Tem aquilo de no sábado vai rolar tal coisa, que quase sempre
se resume em 5, 10 ou 20 amigos aleatórios no bar ou na balada.
Aos
30, esses rolês começam a ficar insuportáveis. Você já sabe quais são seus
amigos de verdade. Depois de anos de vamos marcar alguma coisa, essas saídas
são substituídas por programas mais intimistas. É claro que, de vez em quando,
eu topo uma festinha, mas geralmente prefiro conversar com alguém que seja
realmente importante para mim, que faça parte da minha vida e que eu gostaria
que estivesse no meu casamento – e não alguém que só curte as minhas fotos no
Facebook.
É
uma delícia cuidar do seu corpo e do seu coração com mais carinho, ser fiel à
quem você é ao que você deseja. Inclusive, ficar em casa em uma sexta-feira e
aproveitar a vida com quem você realmente quer.
Essa
é a alegria de ter 30 e poucos anos.
Via: Resiliência Mag
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