Vamos
vivendo nossos relacionamentos. Cada pessoa que passa na vida da gente tem a
sua importância, o seu significado e a sua intensidade. Mesmo que não seja um
relacionamento duradouro, sempre há alguma coisa que marca a gente. Levamos
muito tempo para aprendermos quem merece realmente tudo de nós e que merece
nossa essência.
Tive
poucos relacionamentos, mas todos eles foram duradouros. Alguns queriam ser
para sempre, outros apenas momentos e alguns que não significaram nada, apenas
aconteceu. Ter alguém não significa ser bom ou ser perfeito, mas é preciso ter
sentimentos, amizade e lealdade. Também existem pessoas que não conseguem se
entregar, porque suas experiências foram ruins e as limitaram para o amor.
O
amor acontece sem nenhuma imposição, sem nenhuma expectativa estrondosa e sem
nenhum aviso prévio. Esse sentimento se aproxima, vai nos encantando aos poucos
e, de repente, já estamos amando alguém. Vivi alguns romances, mas só entendi
que era amor, quando senti sorrisos nos meus dias e minha alma suspirava paz.
Senti que era amor quando era simples e sem exigências; simples como o sopro
das noites de verão e das manhãs suaves de primavera. Senti que era amor quando
não tinha tensão, pressão e pretensão, que não me exigia nada, mas queria me
ver alegre.
Quando
senti nele o meu melhor amigo, o meu amante perfeito, o meu colo, o meu
confessor, eu entendi que era amor e que não tinha a necessidade de queimar
como a paixão. Quando senti nele simplicidade, ternura e gratidão, percebi que
meu coração não tinha necessidade de bater rápido, que minhas mãos não
precisavam tremer ou suar, que minhas pernas não precisam perder as forças e
que bastava apenas um abraço para eu ter a certeza, que nós dois éramos alma
gêmea.
Perdemos
em distrações que, às vezes, não percebemos o significado das pessoas em nossas
vidas. Somos relapsos demais, que não sabemos diferenciar um gostar de um
gostar mais intenso, confundimos paixão com amor e não diferenciamos o gosto de
um beijo bom de um beijo inesquecível. E, quando é amor, é tão simples e
discreto, que só pode ser sentido, quando silenciamos os nossos sentimentos
para escutar os sons de sentimentos que tem um abraço.
Foi
amor todas as vezes que senti uma mansidão tomando conta da minha vida, quando
aquele ciúme bobo foi trocado por palavras de carinho e entendimento, quando as
brigas cederam para conversas francas, quando nossas indiferenças deram as mãos
para que pudéssemos ser duas pessoas em um sentimento verdadeiro. E ainda é
amor, porque foi melhorando com o tempo, foi deixando os caprichos de lado para
ser mais sóbrio, foi abraçando os dias difíceis para não permitir
ressentimentos ou tristezas.
O
amor não é sempre cheio de alegria e paz, mas pode vencer as dificuldades,
quando é sentimento de verdade. O amor não sofre mudanças de climas repentinos,
tempestades de mau humor e nem aflições que desinquietam, porque é calmaria,
mesmo se há nuvens.
Eu
entendi que era amor quando todos os meus sentimentos pulsavam em silêncio e
feliz!
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