Já
ouvi dizer por aí que relacionamento bom e com durabilidade prevista é aquele
que o casal vive entre tapas e beijos. Mas, ao ler um pouco mais sobre o tipo
da relação dita, percebi que tal denominação era apenas um eufemismo para falar
das relações que vivem a base de brigas, palavras mal ditas, impaciência e o
famoso termina e volta (mais de cinco vezes no mês, se bobear).
Não
entendo como alguém pode se sentir bem tendo o coração e alma devastados, pouco
a pouco, com esse tipo de situação.
Hoje
ele(a) diz que você é um erro na vida dele(a) e amanhã te procura pedindo
desculpas e dizendo que te ama?! Na semana seguinte ele(a) se estressa com uma
atitude sua e simplesmente te ignora nos próximos dias, até o momento em que
ELE(a) achar que deve reaparecer e dizer, mais uma vez, que foi apenas um
momento ruim, mas já passou, ao invés de te chamar para conversar e aparar as
arestas?! Ele(a) te xinga e te agride
verbalmente porque viu uma mensagem suspeita no seu WhatsApp - ou todas as
vezes em que o ciúme
o(a) domina - sem sequer abrir espaço para uma conversa franca e que haja
explicações?!
Passar
mais de uma semana de bem um com o outro é como ter a sensação de estar em um
campo minado, pois, basta ‘pisar em falso’ e tudo explode. Como alguém pode
viver em paz quando situações como essas fazem parte da rotina, aliás, quando isso
tudo vira a própria rotina?
Porque
relacionamento tem que ser aquela coisa boa com alguns flashes de momentos
ruins, mas que são lidados e superados pelo casal e não aquele coisa ruim com
alguns momentos de felicidade. Se isso acontece, algo precisa ser mudado.
Zíbia
Gasparetto disse “você está onde se põe”.
E é exatamente isso. Não se ponha em qualquer lugar ou situação, aceitando
qualquer resquício de amor e atenção que a outra pessoa tem para oferecer e
achando que é o suficiente. Você merece a paz de um coração que suspira de alívio
e calma e não de angústia e incerteza. Não se engane achando que uma hora tudo
vai mudar, dificilmente, quiçá nunca, o que começa errado uma hora dá certo.
Não
estou dizendo que o meu certo é o seu e vice-versa. Mas uma coisa eu garanto,
sem medo de generalização ou exagero, nada que dilacera nossa alma, estraçalha
nosso coração, tira nosso equilíbrio emocional e faz até nos esquecermos quem
somos de verdade, não é - e nunca será - a chave que irá abrir a porta da
felicidade a dois.
Via: Jornalismo de Boteco