Por
definição, pistantrofobia consiste no medo exagerado de confiar nas pessoas,
devido a experiências negativas do passado. Na prática é a atitude responsável
por acabar com qualquer possibilidade de relacionamento.
Pistantrofobia
é assunto sério, já que corresponde a um medo exagerado de tentar novos
relacionamentos e não um medo sutil de envolver-se. Porém, há cura e é sobre
isso que precisamos conversar.
Todos
nós já fizemos escolhas erradas na vida, principalmente na vida sentimental.
Convivemos com pessoas más o tempo todo: na academia, na fila do banco, na
padaria, na família, no trabalho, no namoro e, muitas vezes, não nos damos
conta do tamanho da maldade alheia. E por quê? Simplesmente porque as pessoas
não trazem na testa uma placa dizendo “sou
má, afaste-se!”.
Pessoas
maldosas são tóxicas, pesadas e venenosas. Como não conseguem alcançar o
próprio sucesso e serem felizes no amor, encaram a felicidade alheia como uma
afronta ao seu fracasso e, muitas vezes, utilizam-se da frase “a maldade está nos olhos de quem vê”,
para jogar no outro a maldade que fazem.
Somos
humanos e, como tal, nossa natureza não é de toda boa. O bem incondicional,
idealizado, sacro e perfeito que as religiões pregam é muito difícil de ser
alcançado, mas não impossível. Chegar o mais perto que podemos da integridade,
da bondade e do amor ao próximo é atitude de pessoas boas e racionais.
O
problema é que há pessoas que alimentam suas almas com o fracasso e com a dor
alheia. O relacionamento não deu certo, deseja que o outro sofra. Foi despedido
do trabalho, deseja que a empresa entre em falência. Engordou, começa a
denegrir a imagem dos outros para se sentir melhor. A verdade é uma só: as
pessoas más precisam de tratamento psicológico e não de um romance.
O
lado bom da vida é que para cada pessoa má, existem milhões de pessoas boas e,
são nelas, que devemos focar. Ninguém é igual a ninguém e seu amor atual não
tem culpa do que os anteriores fizeram. Acredite que dessa vez valerá a pena, que
será diferente e que você será feliz. Entenda que para começar uma nova
história é necessário deixar o passado para trás.
Nietzche
dizia que “não poderia haver felicidade,
jovialidade, esperança, orgulho, presente, sem o esquecimento”.
Diante
de uma decepção amorosa, é normal que se cultive a dor por um tempo e que se
continue a evitar novas histórias. Até aí, tudo bem. O problema está no fato de
assimilarem o término com o fim de todas as outras coisas: fim dos sonhos, das
expectativas e do casamento feliz.
Esqueça
a traição que marcou sua vida, as palavras mentirosas que disseram sobre seu
corpo e a rejeição que te fez recuar para um novo relacionamento. Pare de
aceitar o que vier, selecione seus amores, suas amizades, seus afetos e entenda
que querer viver um grande amor é uma coisa. Amar qualquer pessoa é outra bem
diferente.
A
sua felicidade nunca estará no passado, nem nas mãos de ninguém. Como dizia C.S
Lewis: “existem coisas melhores adiante
do que qualquer outra que deixamos para trás”.